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Quem são os maiores devedores do Novo Banco?
A lista dos maiores devedores é preenchida por empresas lideradas com pessoas próximas de Ricardo Salgado, o ex-líder do Grupo Espírito Santo. Mais de metade do total desta dívida foi contraída por grupos ligados à construção e ao imobiliário.
À cabeça encontrava-se o Grupo Mello, que detém as autoestradas da Brisa e vários hospitais privados, com 945 milhões de euros. Segue-se a Ongoing, o grupo de Nuno Vasconcellos que foi arrastado na queda da Portugal Telecom e que muitos apontavam como sendo um testa de ferro de Salgado na empresa. A dívida da Ongoing ascendia a 606 milhões.
Com 603 milhões de dívida ao Novo Banco estava o grupo Moniz da Maia, também ligado à construção e obras públicas. Segue-se a Martifer, com atividades no campo da construção e energia, com 560 milhões de dívida. Em seguida está a Promovalor, o grupo imobiliário liderado pelo presidente do Benfica, Luís Filipe Vieira, com 466 milhões de euros. Com 442 milhões de dívida estava a Macquarie Motorways, empresa de contrução londrina detida por um grupo financeiro australiano.
Com dívidas a rondar os 300 milhões de euros encontravam-se o empresário madeirense Joe Berardo, e as construtoras Prebuild, Grupo Lena e Obriverca. Seguem-se a Pelicano (284 milhões), o construtor José Guilherme (267), a Legacy Investments Asset Group, sedeada num offshore “apanhado” nos Panama Papers detida por capital angolano, e o grupo Imatosgil (223), também envolvido no negócio ruinoso da CGD na empresa espanhola La Seda.
Abaixo dos 200 milhões estavam dívidas do Sport Lisboa e Benfica (190), do grupo Previdente, de António Carlos de Almeida Simões (154), o grupo Temple do imobiliário de luxo de Vasco Pereira Coutinho (125), a Energia Limpia, com participação do GES e da Sapec (120), a brasileira Asperbras cuja filial no Congo era liderada por José Veiga. A lista dos 20 maiores devedores é fechada com o crédito de 47 milhões à EBD (antiga Espírito Santo Health & SPA).
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