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Assange está há três anos na embaixada do Equador em Londres
Em novembro passado, o governo equatoriano ratificou a decisão de manter “pelo tempo que for necessário” o asilo diplomático ao australiano Julian Assange.
Desde junho de 2012, o australiano está refugiado na embaixada do Equador de Londres para evitar a extradição para a Suécia. Há tempos, que ele faz apelo contra uma ordem de prisão pelas acusações de violação e agressão sexual.
Em 2010, procuradores de Estocolmo emitiram uma ordem de detenção, após denúncia de duas suecas. Ele nega as acusações e alega que as relações foram consensuais.
Além disso, Assange também teme ser ainda extraditado para os Estados Unidos, onde seria julgado por divulgar 500 mil documentos militares secretos norte-americanos por meio do seu site.
Nesta semana, o criador da WikiLeaks afirmou em comunicado que a promotora sueca Marianne Ny cancelou a sua comparência num encontro marcado, quando deveria tomar o seu depoimento nas dependências da embaixada equatoriana. "Estou detido sem acusações formais há 1.650 dias", declarou, segundo a AFP.
Em março, a procuradoria sueca propôs interrogar Assange em Londres, com a retirada do pedido para que ele viaje à Suécia para responder às denúncias. O australiano teria aceitado a proposta, segundo os advogados.
Em novembro passado, o governo do Equador ratificou a decisão de manter “pelo tempo que for necessário” o asilo diplomático ao australiano.
"Ele não vê o sol há três anos porque a embaixada não tem qualquer espaço exterior. Os seus direitos têm sido gravemente violados", afirmou a Wikileaks.
Artigo publicado em “Opera Mundi”, revisto para português de Portugal por esquerda.net
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