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Soflusa em greve parcial contra degradação do serviço
A greve de duas horas por turno é um protesto contra o desinvestimento na Soflusa e o silêncio do atual governo, que prometeu medidas concretas para inverter a situação até fevereiro, sem que até ao momento sejam conhecidas quaisquer iniciativas. Durante a manhã a paralisação foi total, interrompendo as ligações entre as duas margens do Tejo, uma situação que o Sindicato dos Transportes Fluviais Costeiros e Marina Mercante prevê que se repita ao fim da tarde desta quinta-feira.
Os trabalhadores acusam a anterior administração de ter diminuído os custos com o pessoal, material, reparações e aquisições de peças para os navios, quando estava a preparar a privatização do serviço de transporte que faz a travessia do Tejo. Para além disso, essa administração vendeu um dos navios, deixando a Soflusa com 8 navios, dois dos quais com os certificados de navegabilidade caducados e outros cinco a expirar em setembro deste ano.
Para além disso, uma queixa-crime apresentada pela concelhia do PSD do Barreiro contra a Soflusa, na sequência do recente acidente no Terreiro do Paço, deixou esse navio, que está em condições de navegar, fora de serviço enquanto decorre o processo.
“Não há milagres quando apenas navegam cinco navios em hora de ponta, o que é manifestamente insuficiente”, apontam os trabalhadores da Soflusa no comunicado dirigido aos utentes.
“Somos os primeiros a estar insatisfeitos, porque somos obrigados a prestar um mau serviço e, porque esta situação põe também em causa os nossos postos de trabalho e, porque, apesar do nosso empenho, nem o acordo feito entre organizações sindicais e administração é respeitado pelo governo”, conclui o comunicado, denunciando que apesar das dificuldades, a administração resolveu adquirir em janeiro três automóveis Mercedes topo de gama.
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