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Metro Lisboa: Bloco aprova debate público sobre expansão da rede

"O problema das maiorias absolutas é que convivem mal com a diversidade de opiniões e com a participação dos cidadãos", disse Ricardo Robles.
Ricardo Robles – Foto de Paulete Matos
Ricardo Robles – Foto de Paulete Matos

Esta terça-feira, na Assembleia Municipal de Lisboa, o deputado Ricardo Robles apresentou uma proposta de deliberação, a favor de um debate público sobre a expansão da rede do Metro de Lisboa. A proposta foi aprovada com os votos contra do Partido Socialista. 

A proposta surge como resultado do Debate Específico realizado na Assembleia Municipal sobre o tema, requerido pelo Bloco em outubro de 2016 por unanimidade, que se realizou em maio deste ano com 5 convidados e vários especialistas em transportes.

Entre as várias propostas alternativas apresentadas no debate, ganharam relevo as dúvidas sobre a linha circular que Fernando Medina pretende criar com as duas novas estações da Estrela e Santos (que ligarão a rede amarela e verde numa única linha entre Cais do Sodré e Campo Grande). Em particular, os especialistas criticaram esta opção por não acrescentar novos passageiros à rede, voltando a esquecer uma parte significativa da cidade, e os "riscos de rápido desgaste do material circulante com a solução circular".

Para Ricardo Robles, o "volume de investimento exigido pela expansão da rede de Metropolitano aconselha à maior ponderação dos investimentos a realizar, identificando os riscos e inconvenientes, bem como as vantagens de cada solução".

Na Assembleia Municipal de Lisboa, à exceção do Partido Socialista e dos Independentes (eleitos nas listas do Partido Socialista), ninguém apoia a solução da linha circular, incluindo o presidente da Junta de Freguesia da Estrela, um dos principais beneficiários da medida.

Para o candidato do Bloco à Câmara Municipal de Lisboa, esta deliberação "é uma proposta de deliberação resultante do debate específico sobre o Metro de Lisboa. E todas as intervenções, exceto a do Partido Socialista, concordam que esta deliberação corresponde ao espírito do Debate Específico. O problema das maiorias absolutas é que convivem mal com a diversidade de opiniões e com a participação dos cidadãos ."

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