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Incêndios: 2018 será decisivo para começar a evitar tragédias
Em comunicado, a Zero defende que já em 2018, "deverão ser dados passos concretos que permitam salvaguardar os solos e fomentar uma floresta resiliente e multifunções, ainda que se reconheça que se trata de objetivos de execução plurianual". Além disso, "envolver e capacitar as populações nas medidas de proteção contra incêndios e apoiá-las no fomento da floresta autóctone, são duas dimensões fundamentais a trabalhar", defende também a associação ambientalista.
No balanço de 2017, citado pela Lusa, a associação refere que na semana antes do pior dia de incêndios do ano, o 15 de outubro, bateram-se recordes de poluição: "10 de outubro foi o dia com o ar mais poluído", observa, apontando o dia seguinte aos incêndios, 16 de outubro, como o segundo dia com pior qualidade do ar.
O dia 15 de outubro foi também a data na qual se registou a maior área ardida, chegando a 190.090 hectares, quase metade do total registado até aí, este ano. Os danos foram ambientais, com a destruição de florestas e solos, mas a tragédia provocou ainda mais de cem mortes.
"O número de ignições [no ano de 2017] é que parece não abrandar, já que se registaram 16.613 ocorrências e 22 por cento originaram incêndios com área superior a um hectare", refere a Zero. Com esta quantidade de ocorrências, "a solução está na erradicação de comportamentos de risco (negligentes e criminosos), recorrendo a uma vigilância omnipresente junto às áreas críticas", defende a associação.
4 R’s: repensar, reduzir, reutilizar e reciclar
No site da Zero, a associação assinala as datas ambientais mais marcantes de 2017 e define os desejos para o ano novo que se aproxima - ler mais aqui.
Por exemplo, o pico da seca, outro dos grandes problemas que não vai acabar este ano, foi atingido a 31 de outubro, com "100 por cento do território de Portugal continental em condição de seca", 75,2 por cento em seca extrema e 24,8 por cento em seca severa. "O envolvimento de todos é também necessário no caso da água", defende a Zero, que quer ver aplicado com eficácia o plano para uso eficiente da água, convencendo todos da sua importância e combatendo o desperdício.
Por contraponto ao mais negativo, a Zero indica 29 de julho como o dia de melhor qualidade de ar e 14 de março como o dia de maior produção renovável de eletricidade", gerando-se 128.6 gigawatts horários. "Apesar de não se terem conseguido os recordes atingidos em 2016, a produção de eletricidade renovável teve um peso significativo, mas não está a aumentar o suficiente", salienta a associação.
No ano que vem deverá surgir também "uma visão sobre como poderá Portugal atingir a neutralidade carbónica em 2050", um "desafio enorme" rumo ao fim da dependência dos combustíveis fósseis e utilização de energias renováveis.
"Repensar, reduzir, reutilizar e reciclar deverão tornar-se hábitos regulares", defende a Zero nos seus votos para o próximo ano.
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