Jean-Noel Etcheverry anunciou que a ETA estará totalmente desarmada em 8 de abril de 2017. eldiario.es noticia que a ETA pretende retomar os seus planos para avançar no processo de desarmamento que foram parados no último ano devido a diversas operações policiais.
Segundo noticia o Le Monde, o essencial do arsenal militar da ETA estará escondido em França e a organização pretende completar o desarmamento definitivo em 8 de abril, véspera do Dia da Pátria Basca (Aberri Eguna).
A nova iniciativa unilateral da ETA passará pela entrega de uma lista de locais onde se encontram as armas. Segundo o eldiario, estará previsto um anúncio oficial do desarmamento, dentro de algumas horas, podendo ser feito através da divulgação de um vídeo com a mensagem da direção da ETA.
Pablo Iglesias aplaude anúncio da ETA
Pablo Iglesias, líder do Podemos, já saudou a notícia por avançar num processo “irreversível” e apelou a que o desarmamento tenha lugar o mais cedo possível e “com todas as garantias de verificação”.
Pablo Iglesias apontou também que “há que avançar na reparação de todas as vítimas e no respeito dos Direitos Humanos”, apelando ainda a todas administrações envolvidas no desarmamento para que o processo se dê de “maneira verificada” e “o mais rápido possível”.
O líder do Podemos sublinhou que a consolidação da paz na convivência em Euskadi “tem que ser uma realidade” e apontou a necessidade de aproximar os presos do País Basco, sublinhando que se deve cumprir a legislação penitenciária espanhola, que implica que “todos os presos devem cumprir a sua pena próximo do seu domicílio”.
Por sua vez, o porta-voz parlamentar do Elkarrekin Podemos, Lander Martínez, salientou que os governos de Euskadi, Navarra, Madrid e Paris têm “o dever político e moral” de facilitar o desarmamento da ETA que “pode e deve fazer-se no quadro da colaboração recíproca entre eles”.
“Todas as forças políticas e agentes da sociedade devemos colaborar para criar o clima mais favorável possível a que o desarmamento seja um êxito”, salientou Lander Martínez.
“Quem tem toda a responsabilidade sobre o desarmamento é a ETA mas os governos têm o dever de facilitá-lo para que se realize de forma segura e verificável”, concluiu Martínez.