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Encerramento da central nuclear de Garona é oportunidade para fechar Almaraz

Associação Zero saúda a decisão do Governo espanhol de encerrar definitivamente a central nuclear de Garona, em Burgos. Para a Zero, o Governo português deve aproveitar a decisão para pressionar o encerramento da central nuclear de Almaraz.
 Encerramento da central nuclear de Garona é a oportunidade para encerrar Almaraz. Foto do Blog Araba Sin Garoña.
Encerramento da central nuclear de Garona é a oportunidade para encerrar Almaraz. Foto do Blog Araba Sin Garoña.

Para a Associação Zero (Sistema Terrestre Sustentável) "o encerramento da central nuclear de Garona é a oportunidade para encerrar Almaraz", considerando que o Governo português "deverá, desde já, encetar esforços diplomáticos junto do Governo espanhol", segundo comunicado enviado à agência Lusa.

No primeiro dia do mês de agosto, o ministro da Energia de Espanha, Álvaro Nadal, anunciou que o Governo espanhol vai fechar a central nuclear de Garona, a mais antiga do país.

A central não estava a funcionar há cerca de cinco anos, dado não ter importância para o fornecimento do sistema elétrico espanhol. A decisão tomada conta com o apoio dos partidos da oposição.

Citado pela agência de notícias espanhola Efe, o ministro da energia de Espanha diz que a decisão tomada não pode ser extrapolada para o resto das centrais nucleares espanholas.

A Zero considera que este encerramento da central de Garona representa a oportunidade para voltar “a colocar na agenda a continuidade do programa nuclear espanhol, e nomeadamente a continuação do funcionamento da central nuclear de Almaraz, agora a mais antiga central nuclear de Espanha ainda em funcionamento, e com um historial dramático de incidentes de segurança".

O Conselho de Segurança Nuclear de Espanha tinha dado parecer favorável à reabertura da central de Garona, pelo que a Zero considera a decisão do Governo espanhol como "histórica, uma vez que pela primeira vez é tomada uma decisão contrária aos pareceres daquele órgão consultivo".

A possibilidade de a central de Almaraz, localizada junto ao rio Tejo e a cerca de 100 quilómetros da fronteira portuguesa, ter licença para prolongar o funcionamento além de 2020 e a construção de um armazém para resíduos nucleares, perto da unidade, tem suscitado oposição dos ambientalistas de Portugal e Espanha.

Além das manifestações e protestos nos dois países, a construção do armazém, sem dar conhecimento a Portugal, como estipulam convenções internacionais, levou o Governo português a apresentar uma queixa à Comissão Europeia, depois retirada, quando os dois países chegaram a acordo na cimeira ibérica.

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