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Catarina defende descongelamento das carreiras nesta legislatura

A coordenadora do Bloco rejeita que o descongelamento das carreiras na Função Pública de forma faseada possa vir a concluir-se para além da atual legislatura. E desafiou o governo a cumprir a resolução aprovada em 2016 para apoiar os cuidadores informais de idosos.
Catarina Martins em Guimarães. Foto Paulete Matos

2018 será o ano em que será atendida “uma reivindicação muito justa e necessária” da Função Pública, afirmou Catarina Martins durante uma visita ao mercado de Guimarães.

Acompanhada pelo candidato bloquista à autarquia vimaranense, Wladimir Brito, Catarina reagiu à notícia de que o governo se preparava para descongelar as carreiras de forma faseada ao longo de quatro anos.

"Nós sabemos que não é possível fazer tudo ao mesmo tempo, mas o acordo que nós temos é um acordo para descongelar as carreiras durante esta legislatura e, portanto, podendo ser faseado, deve ser faseado em dois anos e não mais de dois anos”, defendeu a coordenadora do Bloco, citada pela agência Lusa.

"Fizemos um compromisso para uma legislatura, temos de cumprir", sublinhou Catarina, lembrando que os funcionários em causa "estão há mais de uma década a perder poder de compra todos os anos", que "há três escalões da função pública que são ultrapassados pelo aumento do salário mínimo nacional" e que ”toda gente em Portugal quer serviços públicos que funcionem".

Orçamento de Estado deve prever verbas para rede de cuidadores informais de idosos

Durante a visita ao mercado, Catarina foi abordada por uma senhora que toma conta da mãe e não recebe qualquer apoio do Estado, ao contrário do que aconteceria se a colocasse num lar de idosos.

A coordenadora do Bloco aproveitou para recordar que por proposta do partido foi aprovado no parlamento um projeto de resolução para que sejam criados esses apoios. Mas desde maio de 2016, data em que os deputados aprovaram a recomendação ao governo, este não concretizou a medida.

“Passou mais de um ano e ainda não está em prática. O que já está aprovado tem que ter no próximo Orçamento do Estado algum espelho”, afirmou Catarina, sublinhando a injustiça da situação atual. "Não podemos abandonar as pessoas que dão tudo de si para cuidar dos seus mais próximos quando eles precisam”, prosseguiu, contrapondo que quando "as pessoas colocam os seus dependentes num lar, o Estado pode pagar até 900 euros para a pessoa estar no lar”.

“Nós não escondemos que um projeto para apoiar os cuidadores informais terá algum impacto orçamental porque nós temos muita gente que não tem nenhum tipo de apoio”, reconheceu a coordenadora do Bloco, reafirmando o apoio às famílias “que fazem a opção solidária de ficar em casa a tomar conta" dos seus idosos. 

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