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Bloco apresenta candidaturas a todos os órgãos autárquicos de Torres Novas

Helena Pinto é a candidata do Bloco à Câmara. A independente Graça Martins ocupa o segundo lugar da lista. Já a candidatura à Assembleia Municipal é encabeçada por João Carlos Lopes, seguido de Rui Alves Vieira, também ambos independentes.

Na passada sexta-feira, num terraço do centro histórico de Torres Novas, o Bloco de Esquerda apresentou as listas candidatas a todos os órgãos autárquicos do concelho.

João Carlos Lopes, cabeça de lista à Assembleia Municipal, abriu a sessão: “Hoje é um dia magnífico. Quiseram os astros que esta apresentação da candidatura do Bloco de Esquerda se realizasse hoje, dia 14 de julho. Uma data em que se assinala um acontecimento fundamental da história contemporânea da Europa e do Mundo. Há 228 anos, o povo de Paris pôs em marcha a grande Revolução Francesa. Todo o património de lutas, de conquistas sociais, de direitos cívicos, de ideias que conduziram à transformação social e ao progresso, têm origem nesse grande momento da história. Este é, portanto, um dia auspicioso para todos nós. Fraternidade, liberdade e igualdade são três palavras que traduzem valores e princípios que são caros à nossa luta e que mantêm toda a atualidade. Enquanto o nosso combate político se nortear por estes três valores, a nossa luta terá futuro”.

Referindo-se à situação local, João Carlos Lopes afirmou que “não vamos prometer que vamos fazer uma boa oposição. Isso fizemos há quatro anos. As coisas mudaram. Estamos aqui para disputar a Câmara e a Assembleia Municipal”. Já no que respeita ao trabalho realizado neste mandato, o candidato destacou que “a nossa oposição não foi crítica pela crítica, foi construtiva, foi alternativa”.

 Caracterizando a gestão socialista, que dura há um quarto de século, deu como exemplo “um cinema velho, de reprise, sempre a passar o mesmo filme – uma gestão esgotada, sem ideias, sem soluções”. Por isso, “chegou a hora de governar todo o concelho – da serra à foz do Almonda, recusando a descrença e desânimo que se sente”, frisou.

“A liberdade e a capacidade para um diálogo que coloca a comunidade torrejana em primeiro lugar”

Rui Alves Vieira, candidato à Assembleia Municipal como independente, explicou as razões da sua candidatura.

“Conquistar a confiança dos eleitores é a tarefa mais difícil da vida política e nunca deve ser tomada com um dado adquirido. O próximo ciclo eleitoral tem que trazer os cidadãos de volta ao centro da vida política, e esta será a premissa que eu aqui apresento para os próximos quatro anos”, assegurou, avançando que se candidata nas listas do Bloco porque encontra “neste espaço político a liberdade e a capacidade para um diálogo que coloca a comunidade torrejana em primeiro lugar”. 

Sobre a candidata bloquista à Câmara Municipal, Rui Alves Vieira frisou que Helena Pinto “representa uma candidatura inclusiva, que quer ir mais para além desta eleição e pensa numa gestão sustentável que conquiste a próxima geração”.

“Esta candidatura interpreta bem os anseios e as expectativas de muitos torrejanos e é merecedora de seu voto de confiança para organizar, administrar e direcionar o futuro desta comunidade”, acrescentou.

No dia anterior à apresentação das candidaturas autárquicas do Bloco no concelho de Torres Novas, Rui Alves Vieira publicou um manifesto político intitulado “Ninguém me leva para onde eu não quero ir!” .

"Um projeto/programa que, no respeito pela memória, semeia futuro e dá sentido ao presente"

Graça Martins, segunda candidata à Câmara Municipal, que integrou como independente as listas há quatro anos atrás, sinalizou que sabe “de cor da resiliência e profundo sentido de compromisso da equipa do Bloco de Torres Novas, com quem colaboro há quatro anos e cujo trabalho, puderam testemunhar”.

“Uniu-nos a convicção de que é possível fazer parte de uma comunidade que nos orgulha, que tenha boa água, bons aromas e bons sons”, referiu a candidata.

Quanto ao futuro, Graça Martins sublinhou a necessidade de “refletir as mais urgentes preocupações deste tempo, com um projeto/programa que, no respeito pela memória, semeia futuro e dá sentido ao presente; Que diz sim quando é para dizer sim e diz não quando é para dizer não!”.

“É chegado o momento de se deixar de fazer o possível, para se passar a fazer sim, o que é mesmo necessário!”

Nesta sessão foi também apresentado o Mandatário da candidatura. Guilherme Pinto, antigo Presidente da Assembleia Municipal, repete as funções que assumiu há quatro anos. Helena Pinto agradeceu o seu empenho no acompanhamento incansável de todo o trabalho do Bloco e os seus contributos ao longo dos anos para o desenvolvimento do concelho e na afirmação da cidadania.

Na sua intervenção, Guilherme Pinto afirmou que “em reuniões da CM e da AM, repetidas vezes ouvimos o lamento das pessoas, perante a justeza das suas reclamações e anseios, sobre os mais variados problemas, às quais invariavelmente eram dadas respostas cheias de nada!”.

“As pessoas estão cansadas de respostas vazias, é chegado o momento de se deixar de fazer o possível, para se passar a fazer sim, o que é mesmo necessário!”, vincou.

A terminar, deixou “reflexões motivadoras” aos candidatos e candidatas: “Não se deixem condicionar pelas dificuldades que vão encontrar, é sabido que vão existir, mas sintam-nas antes como verdadeiros estímulos para a luta, sejam exigentes e tenham ambição, escutem as vozes críticas que chegam todos os dias, de vários quadrantes, e sobretudo as que chegam da parte dos jovens e dos artistas!”.

“Todos são importantes – o primeiro da lista é muito importante, mas sem o último não há lista”

A candidata do Bloco à Câmara de Torres Novas, Helena Pinto, expressou a sua satisfação pelo trabalho realizado até agora, pela apresentação de listas a todas as freguesias do concelho, pelo esforço de todas e todos na construção de uma alternativa: "Todos são importantes – o primeiro da lista é muito importante, mas sem o último não há lista”.

Helena Pinto é a candidata do Bloco à Câmara de Torres Novas.

Helena Pinto dedicou parte do seu discurso ao “compromisso do Bloco na luta contra a poluição no concelho”, problema que considera “fundamental para o desenvolvimento do concelho”: “A poluição e, concretamente a poluição da Ribeira da Boa Água, provocada pela Fabrióleo, prejudica a economia, a agricultura, o comércio, o emprego e destrói a qualidade de vida das populações. O Bloco saúda todos e todas que empenham nesta luta e tudo fará pela defesa do ambiente”, apontou.

Foram apresentadas as listas à Câmara Municipal, Assembleia Municipal e os primeiros candidatos às 10 freguesias do concelho: Maria do Céu Gomes Dias Rodrigues, 52 anos, professora, concorre à Assembleia de Freguesia de Assentis; Pedro Miguel Bruno Maurício, 24 anos, auxiliar de armazém, à Assembleia de Freguesia de União de Freguesias de Brogueira, Parceiros de Igreja e Alcorochel; Carlos Alberto Reis Pinto, 43 anos, caixeiro, à Assembleia de Freguesia de Cancelaria; Ana Cristina Alexandre Paixão Nunes, 51 anos, Assistente de Consultório, à Assembleia de Freguesia de Meia Via; Carlos Miguel Quintas Martinho, 35 anos, eletricista, à Assembleia de Freguesia de União de Freguesias de Olaia e Paço; Marisa Raquel das Neves Santos Caetano, 30 anos, desempregada, à Assembleia de Freguesia de Pedrogão; João Pedro Freira Fonseca da Luz, 46 anos, professor; à Assembleia de Freguesia de Riachos; Pedro Alexandre de Sousa Triguinho, 46 anos, assistente administrativo, à Assembleia de Freguesia de União de Freguesias de Torres Novas (Santa Maria, Salvador e Santiago); Nelson Luís Ferreira Campos, 36 anos, bombeiro, à Assembleia de Freguesia de União de Freguesias de Torres Novas (S. Pedro Lapas e Ribeira); e Gina Maria Santos Gouveia, 33 anos, desempregada, à Assembleia de Freguesia de Zibreira.

O Bloco de Torres Novas anunciou que a próxima iniciativa pública será a apresentação pública do Balanço do Mandato (2013-2017).

Termos relacionados Autárquicas 2017, Política
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