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AR chumba voto de condenação pela repressão de ativistas angolanos
Foi votado nesta sexta-feira, 19 de maio, um voto de condenação pela repressão de ativistas pela democracia em Angola, apresentado pelo Bloco de Esquerda. (ver na íntegra)
O voto foi rejeitado pelos votos de PS, PCP, PSD e CDS. Os deputados do VEV abstiveram-se, assim como os deputados João Almeida e Ana Rita Bessa do CDS. Além do Bloco de Esquerda, votaram a favor o deputados do PAN e 12 deputados do PS, nomeadamente João Soares, Isabel Moreira, Pedro Bacelar Vasconcelos e Paulo Trigo Pereira.
O PCP justificou a sua rejeição do voto afirmando em declaração que defende o “direito de opinião e manifestação" mas não "ações que pretendem premeditadamente perturbar, colocar em causa e, se possível, deslegitimar o normal desenvolvimento das eleições gerais em Angola".
No texto do voto, o Bloco referia que a polícia angolana “reprimiu violentamente uma manifestação em Cacuaco” no passado dia 17 de abril. Foram presas 7 pessoas: António Mabiala, Nzenza Mabiala (“Luston”), Paulo Mabiala (“DMX”), Adão Bunga (“Mc Life”), Valdemar Aguinaldo (“27 de Maio”), Mariano André e David Saley. A manifestação exigia “emprego e melhores condições de vida, assim como a realização de eleições livres e transparentes em Angola”.
O documento referia também que “os jovens foram enviados para as prisões de Viana, Kakila e Kalomboloko, locais onde falta água, comida e assistência médica” e lembrava episódios anteriores de repressão em Angola, como a de 24 de fevereiro passado (ver notícia no esquerda.net).
O Bloco pedia no voto que o parlamento condenasse a "perseguição sistemática aos ativistas cívicos em Angola, a repressão e a violência sobre as manifestações e o desrespeito pelos princípios da liberdade e da democracia".
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Voto de condenação “pela repressão de ativistas pela democracia em Angola” | 67.87 KB |
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