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Sindicatos acusam o governo de eleger “as mesmas vítimas de sempre”
O líder da CGTP, Arménio Carlos, não tem dúvidas: o novo pacote de austeridade recai sobre "as vítimas de sempre: os reformados e os trabalhadores", mas "nunca abrange a despesa parasitária, nem prevê medidas de combate à fraude e evasão fiscal".
Já o secretário-geral adjunto da UGT, Nobre dos Santos, afirmou-se "indignado" com as medidas do governo, que considera "inqualificáveis".
Trabalhadores da Função Pública são “alvos a abater”
A coordenadora da Frente Comum dos Sindicatos da Função Pública, Ana Avoila, classificou de “escandaloso” e “chantagista” o programa de rescisões por mútuo acordo na Função Pública. No setor público, “um trabalhador é um alvo a abater. Rescinde e nunca mais pode trabalhar no Estado”, frisou.
Nobre dos Santos, coordenador da Frente Sindical da Administração Pública (FESAP) afeta à UGT, referiu que “parece que isto é uma brincadeira de garotos”. “Eu costumo dizer que de Futebol e de Administração Pública toda a gente fala, até o governo”, disse.
O Sindicato dos Quadros Técnicos do Estado (STE) apontou, por sua vez, o dedo às derrapagens na despesa pública do ano passado, que "nada tiveram a ver com a despesa com o pessoal, mas sim com o setor financeiro, com destaque para o BPN". No que respeita ao anúncio de uma nova vaga de austeridade, o STE frisou: “É a espiral recessiva que se instala, é o desastre".
O Sindicato dos Trabalhadores dos Impostos (STI) afirmou ainda que "depois da declaração de guerra que o primeiro-ministro dirigiu a todos os funcionários públicos e pensionistas de Portugal, seria absurdo continuar a ignorar a agressão contínua a que temos estado sujeitos por este Governo".
"Autêntico 'tsunami' na função pública”
Segundo o presidente do Sindicato dos Funcionários Judiciais (SFJ), Fernando Jorge, as medidas anunciadas por Passos Coelho são um "autêntico 'tsunami' na função pública".
Rui Cardoso, presidente do Sindicato dos Magistrados do Ministério Público (SNMP), lamentou que o governo penalize outra vez os que "já mais contribuíram" e mantenha "intocadas as escandalosas rendas do setor energético e as rendibilidades injustificadas das parcerias público-privadas".
Governo quer “matar o doente com a cura que lhe é oferecida”
As associações de militares e polícias, como a Associação de Oficiais das Forças Armadas, a Associação Nacional de Sargentos, Associação Sindical dos Profissionais de Polícia e a Associação dos Profissionais da Guarda, rejeitam o aumento da idade da pré-reforma para os 58 anos e prometem dar luta às intenções de um Governo que quer “matar o doente com a cura que lhe é oferecida”.
“Terrorismo laboral e social”
“Estamos numa situação de perfeito terrorismo laboral e social”, afirmou Mário Jorge Neves, da Federação Nacional dos Médicos (FNAM).
O Sindicato dos Enfermeiros Portugueses (SEP) prometeu "uma veemente contestação" dos enfermeiros às medidas anunciadas pelo Governo.
Cortes na Educação são um "crime social”
Segundo adiantou o responsável da Fenprof, Mário Nogueira, “O governo é responsável por um crime social, mas também por um crime educativo porque vai pôr em causa a qualidade de desempenho dos professores e com isso prejudicar os alunos”.
Para o secretário-geral da Federação Nacional de Educação (FNE), João Dias da Silva, as medidas anunciadas são “mais um pacote doloroso de medidas de austeridade”, que dão continuidade à “desvalorização dos trabalhadores” e à desresponsabilização do Estado.
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