Alda Sousa foi considerada eurodeputada campeã pelo clima

Alda Sousa e Marisa Matias são duas dos 7 eurodeputados portugueses que mais contribuíram para a defesa do clima e do meio ambiente durante o seu mandato no Parlamento Europeu. A bloquista Alda Sousa recebeu a pontuação máxima.

17 de fevereiro 2014 - 14:27
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Associações ambientalistas europeias avaliaram a prestação dos eurodeputados em relação às políticas climáticas e concluíram que, entre os portugueses, 12 votaram a favor das posições amigas do ambiente e somente dois deles, do PSD, estiveram contra.

“Os resultados relativos a Portugal são bastante positivos e temos sete eurodeputados campeões pelo clima, com Alda Sousa, do Bloco de Esquerda, com uma pontuação de 100, a máxima possível, cinco deputados são amigos do clima, nenhum deles votou contra as posições que os ambientalistas consideram corretas, absteve-se ou não votou”, disse esta segunda-feira à agência Lusa Francisco Ferreira, da Quercus.

Esta associação foi uma das entidades europeias que colaborou na elaboração do ranking em que foram avaliadas as participações dos deputados no Parlamento Europeu nas votações relacionadas com políticas climáticas e alguns pontos das políticas energéticas.

Entre os 11 temas analisados estão as metas de redução de gases com efeito de estufa, corte dos subsídios aos combustíveis fósseis, aumento da oferta de energias renováveis, ou as várias metas vinculativas em setores relacionados com o clima, em 2050.

“Há um conjunto de oito deputados indecisos em relação ao clima e dois deputados, Mário David e Nuno Teixeira, do PSD, que são contra as políticas climáticas", referiu Francisco Ferreira.

Para o responsável da Quercus, na verdade, “olhando para os resultados, há realmente uma diferença substancial entre os amigos do clima e os campeões pelo clima que são todos deputados do Bloco de Esquerda, do Partido Socialista ou do Partido Comunista ou independentes, e todos os indecisos em relação ao clima ou contra as políticas climáticas são do PSD ou do PP", o que reflete uma "clivagem entre uma maior consonância com aquilo que as associações defendem por parte dos partidos mais à esquerda em comparação com os partidos mais à direita", explicou.

O comportamento dos eurodeputados portugueses foi analisado tendo em conta 11 decisões relevantes nos últimos cinco anos e cada voto foi ponderado de acordo com a importância do assunto.

Foi construído um ranking, de zero a 100, sendo que 100 significa que o eurodeputado votou sempre de acordo com as políticas climáticas consideradas relevantes e as classificações são: campeões pelo clima, amigos do clima, indecisos ou destruidores do clima, ou contra as políticas climáticas.

Alda Sousa, Marisa Matias, Luís Paulo Alves, Rui Tavares, Elisa Ferreira, António Correia de Campos e Capoulas Santos, (um independente, dois do Bloco de Esquerda e os restantes do PS) são os sete eurodeputados que a Quercus considera campeões pelo clima.

Os cinco amigos do clima são Vital Moreira, Ana Gomes, Edite Estrela, Inês Zuber e João Ferreira (deputados pelo PS e PCP).

Os deputados Mário David e Nuno Teixeira do PSD foram “um claro obstáculo à política climática europeia”, segundo a Quercus.

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