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O Sahara Ocidental em debate no Socialismo 2017
Em finais de 1980 as Nações Unidas declararam como objectivo para a década de 1990 a erradicação do colonialismo. À época, a lista de territórios não-autónomos era numerosa.
Alguns dos povos, cujos territórios integram a lista, lutam pelo reconhecimento do seu direito à autodeterminação há muitas décadas. O povo do Sahara Ocidental é um deles.
Colónia espanhola desde finais do séc. XIX, o Sahara Ocidental foi invadido e ocupado por Marrocos e pela Mauritânia em Novembro de 1975. Após uma guerra de 15 anos foi possível, através da mediação da ONU, chegar a um acordo de paz entre o regime de Rabat e o movimento de libertação, a Frente POLISARIO, com vista à realização de um referendo de autodeterminação. O que, até hoje, não se concretizou, perante a cumplicidade e passividade da “comunidade internacional”.
Apesar dos esforços de isolamento dos colonizadores, as lutas de libertação destes povos conseguem congregar as solidariedades de cidadãs e cidadãos de muitos lugares, vindos de práticas sociais e culturais diversas. Porque essas lutas e esses movimentos, ao procurarem responder aos problemas específicos com que se confrontam esses povos, vão de encontro a aspirações e objectivos de carácter universal, comuns a todas as sociedades, numa perspectiva de ruptura. Nessa acção de solidariedade estão a romper com o seu próprio isolamento, com a visão “fronteirista” com que lhes querem limitar o olhar. E estão a aprender, com a experiência dos outros, a conhecer melhor as dinâmicas da sua própria realidade.
Artigo de José Manuel Pureza, que participará no Debate “Sahara Ocidental: Um povo e o(s) seu(s) direito(s)”, com António Pinto Pereira, no Fórum Socialismo 2017. O debate será sábado 26 de agosto, às 16.30h na Sala 6.
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