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O Maio francês no YouTube (1)

Veja uma selecção de vídeos sobre os acontecimentos de Maio-Junho de 1968 em França.

Uma cronologia em imagens dos acontecimentos em Paris entre os dias 2 e 13 de Maio de 1968.

Galeria de fotografias dos grafitti, das manifestações, das barricadas, dos cartazes. 

Ao lado de Cohn-Bendit, Sauvageot apresenta as reivindicações dos estudantes. O apoio de Jean-Paul Sartre. Legendas em castelhano.

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Neste dossier:

Maio de 68

Quarenta anos depois, o Esquerda.net preparou um dossier sobre os acontecimentos do Maio de 68 francês e também sobre a onda revolucionária que abalou o mundo naquele ano. A cronologia dos acontecimentos, os protagonistas, os sons e as músicas, os vídeos, os balanços do Maio fazem parte deste dossier, que continuará a ser actualizado durante o mês.

1968: Praga, uma "Primavera" esmagada

A "Primavera de Praga" foi sufocada. As possibilidades de democratizar as "democracias populares" a partir do seu seio reduziram-se drasticamente; mas permanecerá o seu exemplo, como gesto colectivo de audácia e de combatividade, de entrega generosa, que encheu as ruas de Praga e de outras cidades e que levou muito mais longe a vontade de combater o estalinismo como forma pervertida e enquistada de um poder autoritário e burocrático.

Por João Madeira 

Brasil 1968: "Mataram um estudante. Podia ser seu filho"

A onda de mobilizações estudantis que atravessou o mundo no ano de 1968 também passou pelo Brasil. Apesar da ditadura militar que fora implantada quatro anos antes, o movimento estudantil vivia em 1968 uma enorme ebulição. A União Nacional de Estudantes (UNE), apesar de ter visto a sua sede incendiada pelos próprios militares golpistas de 1964, não fora desarticulada, funcionando em clandestinidade. O que detonou as grandes mobilizações de Março e Junho de 1968 foi a morte do estudante Edson Luis, em 28 de Março, no Rio de Janeiro.

As heranças de Maio

Maio de 68 foi há quarenta anos. E a evidência da efeméride, como não podia deixar de ser, tem trazido a sua habitual profusão de eventos: emissões televisivas, debates, livros, colóquios, álbuns, DVDs. E ainda imagens inéditas, o «onde estava em Maio de 68?», as sondagens de opinião, «o que sempre quis saber»... Mas a previsível e cíclica proliferação de discursos e objectos ganhou, neste aniversário, uma importância particular. Como pano de fundo de todos os debates têm estado quase sempre as acusações anti-68 lançadas pelo actual presidente francês no ano passado, em plena da campanha eleitoral.

Por Manuel Deniz Silva, publicado originalmente na revista Vírus

Protagonistas

Pequenas biografias dos que dirigiram o movimento de Maio de 68 francês, e também dos que participaram, dos que influenciaram e dos que se opuseram. Textos baseados num dossier preparado pelo Nouvel Observateur.

O Maio francês no YouTube (2)

Veja um vídeo sobre os acontecimentos de Maio-Junho de 1968, em França.

O Maio francês no YouTube (1)

Veja uma selecção de vídeos sobre os acontecimentos de Maio-Junho de 1968 em França.

O romantismo revolucionário

O espírito de 68 é uma bebida potente, uma mistura apimentada e desejável, um coquetel explosivo composto por diversos ingredientes. Um dos seus componentes - e não o menor - é o romantismo revolucionário, ou seja, um protesto cultural contra os fundamentos da civilização industrial/capitalista moderna, o seu produtivismo e o seu consumismo, e uma associação singular única e sem género, entre subjectividade, desejo e utopia - o "triângulo conceitual" que o define, segundo Luisa Passerine, 1968[1]. Texto de Michael Löwy[2], publicado pela revista Espaço Académico. [3]

Dia-a-dia, o ano de 1968 em França

No ponto mais alto do mês de Maio de 1968 em França, dez milhões de trabalhadores estavam em greve, os transportes e os serviços públicos estavam paralisados, centenas de fábricas e de universidades ocupadas, os confrontos nas barricadas em Paris sucediam-se até a madrugada. Leia em seguida uma cronologia detalhada dos acontecimentos.

Sons: "É só um começo, continuemos o combate"

1968 foi um ano marcado por várias revoltas praticamente em todos os continentes. A juventude esteve na primeira linha na rejeição da ordem estabelecida e da sociedade de consumo. A denúncia da guerra americana no Vietname era um ponto de convergência nos Estados Unidos, nas universidades europeias, como Paris, Roma, Berlin, Londres e também no Japão.

"A Batalha de Praga", de Flausino Torres

A Primavera de Praga de 1968 foi testemunhada pelo historiador e militante comunista português Flausino Torres, pai do arqueólogo Cláudio Torres, que dava aulas na Universidade Karlova. Horrorizado, Flausino Torres assistiu aos tanques soviéticos esmagando a experiência de um "socialismo sem ditadura; socialismo com democracia, com minorias; socialismo sem censura à imprensa". É um extracto do relato que escreveu na altura, "A Batalha de Praga", que nunca chegou a ser publicado, que pode ser lido abaixo.

Heréticos e rebeldes

Uns dirão que a revolução desertou. E que tomar o poder é mais fácil do que se pensava. Outros dirão que não: tudo é possível. Mas difícil: é preciso um terramoto na história, nas fibras mais profundas da sociedade, para que se abra uma escolha.
Por Francisco Louçã
Artigo publicado originalmente na revista Vida Mundial de Maio de 1998

A arte nas ruas

Os mais criativos e eficazes cartazes de rua de toda a história foram criados em assembleias gerais, produzidos artesanalmente, discutidos abertamente nas semanas do Maio francês de 1968. Foram criações colectivas que envolveram mais de 300 artistas. A sua eficácia é ainda hoje um exemplo para todos os que se preocupam com a arte de passar uma mensagem. É um pouco da sua história, que é também a história do Atelier Popular, que se conta aqui.