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Luís Amado: De ministro para banqueiro
O grupo financeiro BANIF anunciou na passada sexta feira, 17 de fevereiro de 2012, que a Rentipar Financeira, a SGPS acionista maioritária do BANIF, decidiu propor à próxima assembleia geral do grupo financeiro uma nova lista para a sua administração, com Luís Amado como Presidente do Conselho de Administração e Jorge Tomé como Presidente da Comissão Executiva do BANIF.
Jorge Tomé é atualmente administrador da Caixa Geral de Depósitos (CGD) e presidente da Caixa BI (Caixa – Banco de Investimento), sai pois da administração do banco público para se tornar CEO do banco privado BANIF.
Luís Amado foi ministro da Defesa em 2005 e 2006 e, em julho de 2006, substituiu Freitas do Amaral, tornando-se então ministro dos Negócios Estrangeiros, cargo que manteve até às últimas eleições em junho de 2011.
Luís Amado é membro do Partido Socialista e pertenceu ao seu secretariado nacional no tempo da liderança de José Sócrates. Antes de chegar a ministro, foi deputado do Partido Socialista e secretário de Estado em Governos liderados por António Guterres.
Luís Amado destacou-se por ter defendido a guerra do Iraque. Em 2003 contestou vivamente a oposição do PS de Ferro Rodrigues à Guerra do Iraque e defendeu que o governo português de Durão Barroso tinha agido corretamente nessa matéria.
Segundo documento divulgado pela wikileaks, Luís Amado prometeu em 2006 ao embaixador dos Estados Unidos em Lisboa pressionar Sócrates para o uso das Lajes no repatriamento dos prisioneiros de Guantánamo. Na altura, Amado referiu também ao embaixador a necessidade de “controlar” o PS.
Quando assumiu o cargo de ministro dos Negócios Estrangeiros, Pacheco Pereira afirmou: “Luís Amado é um atlantista, um homem com posições pró-americanas muito conhecidas e que apoiou a invasão do Iraque, afinal, aquilo que é tradição, na pasta dos Negócios Estrangeiros do PS”.
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