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Bloco condena agressão de Israel a Gaza

Bombardeamento de Israel a Gaza - Foto da LusaPara o Bloco de Esquerda, o cerco e agressão a Gaza são um "longo crime de guerra", cometido pelo Estado de Israel.
Em comunicado de imprensa, o Bloco considera que o governo deve condenar formalmente as agressões e defende que "é urgente um amplo movimento da opinião pública mundial" que demonstre que os direitos humanos podem vencer a força bruta.

Comunicado de imprensa do Bloco de Esquerda:

Gaza: Escalada num longo crime de guerra

O cerco e a agressão a Gaza são um reiterado crime de guerra, cometido pelo Estado de Israel desde há mais de um ano. Esse crime entrou agora num novo patamar de brutalidade, suscitando ampla condenação no plano global. O Bloco de Esquerda acompanha a rejeição destes ataques, motivados pelo calendário eleitoral e pelo desprezo profundo que a elite israelita nutre pela vida dos palestinianos.

Os presentes ataques não são resposta, como argumenta Tel Aviv, a rockets lançados dos campos de refugiados. Pelo contrário, estes ataques continuam a responder à escolha feita pela maioria dos palestinianos em eleições livres que Israel e os EUA preferem não aceitar. Desde então, Gaza está a ser alvejada pelo exército israelita e 1,5 milhões de civis vivem sob cerco, sem emprego e na penúria. É deste longo crime de guerra que os presentes ataques são uma escalada planeada.

Ainda há poucas semanas a reunião do Conselho Europeu dedicou a sua única decisão à intensificação das relações diplomáticas da UE com Israel. Essa decisão, contrária ao voto maioritário do Parlamento Europeu, foi apoiada pelo governo português. Perante a espiral de violência que agora se confirma, José Sócrates deve distinguir-se por uma condenação formal das agressões e pela defesa clara da anulação da decisão do último Conselho Europeu.

Mas, para salvar as vidas que Israel se prepara para extinguir, não bastarão iniciativas diplomáticas. É urgente um amplo movimento da opinião pública mundial que demonstre que os direitos humanos e a abertura de caminhos para a paz podem vencer sobre o cinismo e a força bruta.

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