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Acção pela escola pública juntou poesia e intervenção no Chiado

Acção pela escola pública na tarde de sexta-feira em LisboaProfessores e cidadãos marcaram presença no Largo do Chiado para contestar a política educativa do governo e defender a escola pública. Foram declamados vários poemas muito críticos da ministra da educação, chumbada nas intervenções de pais e professores. Cecília Honório, do Movimento Escola Pública, saudou todas as escolas que estão a travar o modelo de avaliação imposto pelo governo.

 

O poeta Jorge Castro declamou versos da sua autoria bem exemplificativos da revolta dos professores contra a arrogância do governo. Enquanto se concentravam mais pessoas no largo do Chiado, foram-se também somando os voluntários para a declamação de poesia, intercalada com intervenções de pais e professores.

Pelo Movimento Escola Pública, Cecília Honório lembrou, uma a uma, as dezenas de escolas que já tomaram publicamente posições contra o modelo de avaliação de desempenho imposto pelo governo, algumas das quais tendo mesmo decidido suspender qualquer procedimento relativo à sua aplicação. Além das 20 escolas de Coimbra, cujos Conselhos Executivos contrariaram as ordens do Ministério da Educação, foram homenageadas várias esoclas de Lisboa, Setúbal, Guarda, Viseu, Barcelos e Portimão.

Vítor Sarmento, ex-presidente da Confederação das Associações de Pais, solidarizou-se com todos os professores sublinhando que “o governo não tem razão”. Criticou o desinvestimento na Escola Pública que “concentra todo o esforço nos professores”, quando “não existem psicólogos e assistentes sociais nas escolas”. Quanto ao modelo de avaliação de desempenho, frisou que ele “só veio trazer instabilidade nas escolas”, ainda por cima “no terceiro período lectivo, quando os alunos mais precisam do empenho dos professores”.

   

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