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Problemas na Soflusa resultam da política de privatização de PSD-CDS
Referindo-se aos acontecimentos que se estão a viver, desde o início desta semana, na travessia do Tejo, no serviço de transporte prestado pela Soflusa entre o Barreiro e Lisboa, o deputado do Bloco de Esquerda Heitor de Sousa considerou que a situação “é o caos total” e exigiu “respostas concretas por parte do Conselho de Administração da Soflusa e, sobretudo, por parte do Governo”.
Na declaração política desta quarta-feira, no parlamento, o deputado defendeu que a situação da Soflusa “é o reflexo da estratégia da anterior Administração, mandatada pelo Governo do PSD/CDS para privatizar a Transtejo e a Soflusa, o que levou à venda de um navio “Augusto Gil” – que agora faz falta – e à recusa em realizar investimentos de manutenção nos restantes, nomeadamente garantindo os indispensáveis Certificados de Navegabilidade”.
Além disto, notou ainda, “para além da natural e compreensível revolta dos passageiros que utilizam os barcos da Soflusa, que não entendem porque razão metade da frota ficou fora de serviço de uma semana para a outra, os Avisos do Conselho de Administração sobre o assunto foram gasolina para a fogueira que justifica a revolta”.
De facto, a Administração publicou uma recomendação “para que as pessoas evitassem deslocações do Barreiro para Lisboa entre as 8 e as 9 horas”. “Se isto fizesse parte de um filme diríamos que estaríamos em presença de uma cena surreal, digna do mais puro estilo “felliniano”, comentou o deputado.
Heitor de Sousa defendeu ainda que “a superação das dificuldades só se resolve com o reforço do investimento público nos transportes públicos, em especial na Área Metropolitana de Lisboa” e que o Governo tem de assumir este “desafio estratégico já e não apenas a partir de 2021”.
“Não pode haver mais desculpas para não desbloquear o investimento público a partir do próximo Orçamento de Estado”, reiterou o deputado do Bloco.
Ler aqui, na íntegra, a declaração política do Bloco de Esquerda.
Anexo | Tamanho |
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declaracaopolitica_hds_softlusa_11_out_2017.pdf | 75.44 KB |
Comentários
Na generalidade, os
Na generalidade, os transportes públicos para Lisboa e em Lisboa estão cada vez pior. Sou e sempre serei peão e utilizo diariamente tanto o metro, autocarro e comboio. Estão cada vez piores, desde redução de horário sem informar o utente, atrasos injustificáveis, encurtamento de carreias (Carris), esperas demasiado prolongadas, paragens de autocarros estragadas e sem local para sentar, painéis avariados (quando convém à Carris, por exemplo nos feriados e fins de semanas), previsões de passagem erradas, entre outras. Em termos de estratégia, acho muito bem que se discutam estas questões na AR, no entanto o que tenho verificado como utilizadora diária dos transportes públicos é a falta de adaptação à real necessidade da população ao transporte. Dou um exemplo: Carreiras 725 e 705. A 725 vai do Oriente até ao Prior Velho - faz um percurso muito rápido. O 705 saí do Oriente e vai para a Estação da CP do Areeiro - faz um percurso interminável com autocarros a abarrotar em hora de ponta. Estas duas carreiras deveriam trocar de parte do percurso o 725 fazia o percurso dentro dos olivais/encarnação/quinta do morgado e o 725 subia e descia a Av. Alfredo Bensaúde tornando esta carreira mais rápida pois serve um grande número de trabalhadores das empresas e entidades que estão no figo maduro/prior velho. É apenas um exemplo de quem é utilizadora. Mas também minguem pergunta a quem utiliza.
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