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“Precisamos de tratar bem quem trata da saúde”

Catarina Martins visitou o Hospital de São José em Lisboa e reagiu ao resultado das presidenciais francesas.
Catarina Martins e Ricardo Robles na visita ao hospital de São José, em Lisboa.
Foto Paulete Matos.

Na visita desta segunda-feira de manhã ao Hospital de São José, Catarina Martins e Ricardo Robles, candidato do Bloco à Câmara Municipal de Lisboa, deram conta da preocupação com o funcionamento deste serviço de saúde até à construção do novo hospital, mas também com o destino dos atuais edifícios que atualmente servem a população lisboeta.

“O Hospital de São José é um hospital muito antigo, que tem problemas que não se resolvem mantendo aqui o hospital”, afirmou Catarina Martins. Mas enquanto o novo hospital não é construído, “precisamos de ter algumas garantias: o hospital não pode ficar como está até 2023, que é o prazo para a construção do novo hospital”.

A falta de recursos humanos, comum a tantas unidades de saúde no país, é também uma causa das dificuldades sentidas pelos rabalhadores e utentes deste hospital. “Aqui faltam médicos, enfermeiros e pessoal auxiliar. Precisamos de tratar bem quem trata da saúde”, defendeu Catarina, sublinhando que “as pessoas que aqui trabalham têm horários enormes”.

“Qual de nós quer chegar a uma urgência e ser recebido por um médico que está há 18 horas a fazer urgência?”, questionou, antes de concluir que “temos gente a menos nos hospitais”.

Por outro lado, prosseguiu, “é preciso perceber o que vai acontecer com os edifícios que vão deixar de ser necessários em 2023. Não pode ficar tudo ao apetite dos interesses imobiliários. Estes edifícios podem ser adaptados para os hospitais de proximidade que a população precisa”, propôs a coordenadora do Bloco.

França: “Está tudo em aberto nas legislativas”

Questionada pelos jornalistas sobre o resultado das presidenciais francesas que elegeram Emmanuel Macron, Catarina Martins declarou que “foi importante que Marine Le Pen não tivesse ganho as eleições” e para isso ter contribuído o facto de a esquerda francesa ter feito “o que tinha de fazer para a derrota da extrema-direita”.

“É verdade que Macron não tem apoio político para o seu programa, os votos que teve foram os votos para derrotar a extrema-direita. É muito importante que a esquerda possa apresentar um projeto alternativo nas legislativas, que possa haver uma alternativa à destruição a que temos assistido das condições de vida e que tem vindo a alimentar a extrema-direita”, acrescentou Catarina.

Para a cordenadora do Bloco, “Macron é o sistema financeiro, é mais do mesmo. Para travar a extrema-direita, o que a Europa precisa é de uma política que fale pelo emprego, pelos direitos, por uma economia ao serviço das pessoas e não da predação do sistema financeiro”.

Sublinhando que “nas legislativas tudo está em aberto”, Catarina destacou ainda o resultado da França Insumbissa na primeira volta das presidenciais, ao fazer a leitura que “o centrão que fez os tratados europeus, que impôs o tratado orçamental na Europa foi arrasado nestas eleições”, com os partidos das duas principais famílias políticas europeias a verem os seus candidatos afastados da disputa presidencial na segunda volta.

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