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Bloco apresenta projeto para reforçar Programa Nacional de Vacinação

O deputado Moisés Ferreira entende que, face à proliferação de crenças infundadas e anti-científicas que estão na origem dos surtos de doenças como o sarampo, importa reforçar o acompanhamento das famílias por parte dos centros de saúde.

O deputado Moisés Ferreira entregou hoje um projeto de resolução com um conjunto de "medidas para aumentar a cobertura vacinal em Portugal".

No projeto, o Bloco de Esquerda os benefícios do Programa Nacional de Vacinação , implementado em 1965, relembrando que "este programa contribuiu de forma decisiva para a redução da mortalidade em Portugal, em especial da mortalidade infantil."

Na campanha contra a poliomielite "entre oututbro de 1965 e final de 1966, administraram-se mais de 3,2 milhões de doses de vacina contra a poliomielite, na altura bastante disseminada no país. O caráter universal e gratuito da campanha teve um efeito imediato: a quebra abrupta da incidência de poliomielite em Portugal."

Para além da vacina contra a poliomielite, o programa nacional de vacinação foi incluindo outras vacinas com o intuito de proteger os indivíduos e a sociedade de outras doenças, como é o caso da varíola, da tuberculose, da difteria, do tétano, da tosse convulsa (todas incluídas no programa nacional de vacinação em 1965), do sarampo (incluída em 1974), da rubéola (incluída em 1984), da parotidite epidémica (incluída em 1987), da hepatite B (incluída em 1993), da Haemophilus influenzae b (incluída em 2000), da Neisseria meningitidis C (incluída em 2006), do vírus do papiloma humano (HPV, incluída em 2008) e do Streptococcus pneumoniae 13 (incluída em 2015).

O impacto foi sempre positivo, contribuindo para a redução significativa da incidência e prevalência destas doenças. Por exemplo, a varíola foi erradicada, a rubéola, o tétano neonatal e a difteria foram eliminadas e muitas outras doenças, como é o caso da hepatite B, da tosse convulsa ou do tétano, estão controladas.

Face aos recentes surtos de sarampo em toda a europa, causadadas uma vaga de crenças infundadas e anti-científicas contra as vacinas, Moisés Ferreira considera necessário "adotar medidas para reforçar a adesão da população à vacinação e aumentar ainda mais a taxa de cobertura vacinal."

Em concreto, o Bloco pretende "a realização de campanhas de sensibilização e informação dirigidas à população em geral", com caráter "regular" e universal. Pretende ainda que se generalize o "trabalho de acompanhamento e proximidade com as famílias", estabelecendo "contacto com os utentes, com e sem médico de família atribuído, e cujas crianças a cargo não estejam a cumprir o seu plano de vacinação." Por último, propõe-se "um relacionamento mais estreito entre escola e centro de saúde", com a sinalização dos alunos sem boletim de vacinas ou boletim incompleto, cabendo ao centro de saúde entrar em contacto com a família do aluno.

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