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“Não há nenhuma política à esquerda que se faça ao lado da direita”

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Num comício em Coimbra, Francisco Louçã criticou a “corrida da direita” ao poder e salientou que os próximos meses são de grande trabalho de mobilização, mas também de coragem, “para construir essa força maioritária que renove a esquerda, que transforme a política que mude este país”. Ver fotogaleria.

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Num comício em Coimbra, Francisco Louçã criticou a “corrida da direita” ao poder e salientou que os próximos meses são de grande trabalho de mobilização, mas também de coragem, “para construir essa força maioritária que renove a esquerda, que transforme a política que mude este país”.

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No comício de Verão realizado pelo Bloco de Esquerda na cidade de Coimbra intervieram Francisco Louçã, José Manuel Pureza e a deputada municipal Catarina Martins.

Segundo a agência Lusa, Francisco Louçã declarou na sua intervenção: “Se querem um governo com o PS, o PSD e o CDS têm de ir a eleições, porque não houve ninguém que tenha votado num partido para que houvesse essa grande coligação da vergonha”. E acrescentou que o Bloco de Esquerda, tal como qualquer força política de esquerda, “não apoia a corrida para o poder que a direita do PSD e do CDS pretendem”, salientando que “a esquerda será um obstáculo, um combate, a esta corrida da direita”

“Não há nenhuma política à esquerda que se faça ao lado da direita. Toda a politica de esquerda se faz contra a cultura da direita, da discriminação, da desigualdade e do desemprego”, frisou Louçã, sublinhando ainda que os próximos meses são de grande trabalho de mobilização, mas também de coragem, “para construir essa força maioritária que renove a esquerda, que transforme a política que mude este pais”, para haver “justiça, democracia na economia e combate pelo socialismo”.

Para o coordenador da comissão política do Bloco de Esquerda, nunca um Governo em tão pouco tempo após as eleições se mostrou tão desgastado, e “o sintoma tão evidente é que cada ministro actua por sua conta, cada um tem a sua opinião”, e “há confusão nos ministérios”.

Referindo que o país já percebeu “que o Governo é incorrigível, que o primeiro ministro é incorrigível, e que esta política é incorrigível, e que não se remedeia”, Francisco Louçã sustentou:

“O que o país precisa é de um caminho que faça escolhas, e que a esquerda tenha a força necessária para mudar a política, e para corrigir a política, para trazer soluções socialistas, de justiça, de democracia e de uma economia que tenha responsabilidade no combate ao desemprego, à precariedade”.

A concluir, Louçã disse que o Bloco decidiu apoiar a candidatura de Manuel Alegre à Presidência da República, na luta contra a direita e contra Cavaco Silva e em nome de um “pacto de justiça” e dos compromissos que o candidato assumiu, designadamente contra a privatização dos serviços públicos e contra a “lógica da austeridade”.

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