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Vespa asiática está a propagar-se no centro do país
O comandante operacional distrital de Santarém (CDOS) da Proteção Civil, Mário Silvestre, declarou: "Temos relatos em toda a zona mais a norte do distrito de Santarém da existência de ninhos e ultimamente com casos cada vez mais frequentes".
Mário Silvestre apelou à população para avisar os serviços competentes se avistar um ninho de vespa asiática, ou vespa velutina, e nunca tentar destruir o ninho pelos seus próprios meios.
A vespa velutina é uma espécie não-indígena, predadora da abelha europeia, foi introduzida em Portugal em 2011 e até há pouco estava circunscrita a alguns concelhos do norte.
Segundo especialistas, cada ninho de vespas velutinas pode comer meio quilo de abelhas por dia.
A Lusa confirmou, junto das autarquias do distrito, a existência de casos de avistamento e destruição de ninhos de vespa velutina nos concelhos de Abrantes, Mação, Ourém, Sardoal, Ferreira do Zêzere, Vila Nova da Barquinha e Vila de Rei.
O primeiro ninho no concelho de Vila Nova da Barquinha foi detetado na quinta-feira em Praia do Ribatejo, junto à foz do rio Zêzere. O presidente do município, Fernando Freire, declarou à Lusa que cada ninho de vespa velutina pode ter até três mil vespas e de onde podem sair 150 novas rainhas. "O ninho estava em cima de um pinheiro, a cerca de 15 metros de altura, e os trabalhos preparatórios para a intervenção e remoção terminaram já de noite, conforme indicam os manuais de procedimento relativamente à forma de lidar com a remoção dos ninhos desta vespa", disse o autarca.
Em Sardoal, o comandante dos bombeiros locais, Nuno Morgado, deu conta da remoção esta semana de dois ninhos de vespa velutina. "A criação e aquisição de equipamentos e as próprias técnicas de destruição de ninhos de vespa asiática têm de evoluir rapidamente para que possamos tentar debelar esta praga", disse à Lusa Nuno Morgado.
A introdução involuntária da vespa velutina na Europa ocorreu em 2004 no território francês, tendo a sua presença sido confirmada em Espanha em 2010, em Portugal e Bélgica em 2011 e em Itália em finais de 2012.
Comentários
A questão é que as
A questão é que as austeridades competentes são as primeiras a não se entenderem entre si, como ontem me relataram vários apicultores.
Todas empurram umas para as outras sem uma efetiva coordenação e toma de responsabilidades e atitude pró-ativa. A resposta é reativa e descoordenada.
O ataque à praga tem sido um "desastre" facilitando a crescente propagação desta vespa. A vespa já deixou de fazer ninhos em locais altos e começou a fazê-lo em lugares comuns mostrando uma grande capacidade de adaptação, isso começou a interferir com vidas humanas comuns e com ataques a pessoas e outros animais. Acresce que um ataque desses pode ser pessoa estado grave ou morta porque a quantidade de veneno por vespa é significativamente maior.
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