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Trump quer ilegalizar o aborto após as 20 semanas

A administração Trump apoia um projeto de lei para ilegalizar a interrupção voluntária da gravidez após as 20 semanas. O projeto será aprovado na câmara baixa do Congresso mas não deverá passar no Senado. 
Donald Trump, foto de Jim Lo Scalzo, EPA/Lusa.
Donald Trump, foto de Jim Lo Scalzo, EPA/Lusa.

A administração Trump apoia um projeto de lei para ilegalizar a interrupção voluntária da gravidez (IVG) após as 20 semanas. 

Em comunicado, a Casa Branca afirma que “apoia” e “aplaude a Câmara dos Representantes para continuar os seus esforços em garantir proteções pró-vida”.

O projeto entrou esta segunda-feira no Congresso por mão de Trent Franks, Republicano eleito pelo Arizona, e será votado esta terça-feira. 

O projeto define que qualquer aborto voluntário após as 20 semanas será crime, sujeito a cinco anos de prizão. A proposta garante exceções para casos de violação, incesto ou risco de vida para a mulher, mas limita-se a dizer que não procurará penalizações para estes casos, não sendo claro se retira ou não apoio de serviços públicos. 

Esta proposta foi já aprovada em 2015 na câmara baixa do Congresso, e depois bloqueada pelos Democratas no Senado, onde precisa de 60 votos. 

A 24 de janeiro, uma das primeiras ordens executivas de Donald Trump foi precisamente relacionada com o aborto, criando uma regra que impedia o apoio dos EUA a organizações internacionais de saúde que permitissem ou praticassem IVG. 

O impacto colocou em risco milhões de pessoas em todo o mundo, uma vez que várias organizações dependentes de financiamento de Washington garantem estes serviços. 

Em abril deste ano, Trump retirou financiamento ao Planned Parenthood, uma organização com mais de 650 clínicas nos EUA que garante o acesso a cuidados de saúde reprodutiva, desde campanhas de informação, conselho e acompanhamento médico e procedimentos como o aborto. 

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