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Transportes: Comissão de Utentes faz vigília junto à residência do 1º Ministro

A Comissão de Utentes dos Transportes de Lisboa promove nesta quarta-feira uma vigília de protesto junto à residência oficial do primeiro-ministro, por não ter obtido resposta sobre os problemas no setor.
A Comissão de Utentes contesta o silêncio do Governo em relação aos problemas existentes nos transportes públicos. Foto de Paulete Matos
A Comissão de Utentes contesta o silêncio do Governo em relação aos problemas existentes nos transportes públicos. Foto de Paulete Matos

Cecília Sales, da Comissão de Utentes dos Transportes de Lisboa disse à Lusa que a vigília/concentração está relacionada com a ausência de respostas às denúncias que a comissão tem vindo a fazer desde o ano passado, sobretudo as que se prendem com “todos os problemas do Metropolitano de Lisboa”.

De acordo com a representante da Comissão de Utentes “continua a haver tempos de espera exagerados para uma rede de metro onde não era hábito.”

Na linha Verde, adiantou, “continuam a circular apenas três carruagens e não há resposta às nossas denúncias e a empresa veio justificar a paragem de 20 carruagens, que não têm rodas, com a aquisição de material e ainda não foram reparadas.”

Cecília Soares sublinhou ainda que “a linha Vermelha que não tinha problemas, agora já começa a registar alguns também”, adiantou Cecília Sales.

Aumento de preços e degradação dos serviços

“Tivemos um aumento de 1,5 % nos transportes públicos este ano. É incoerente. O serviço degrada-se cada vez mais. Não há respostas e ainda levamos com um aumento de 1,5%”, declarou Cecília Sales.

A última iniciativa pública levada a cabo pela Comissão de Utentes teve lugar a 4 de Janeiro, junto à estação de Arroio, com o objectivo de exigir comboios de quatro carruagens na linha Verde do Metro, em vez das atuais três.

Na altura, Cecília Sales lembrou que “a quarta carruagem foi retirada em 2012 e não foi reposta”.

A representante da Comissão de Utentes manifestou ainda dúvidas que “haja dificuldade técnica em repor a quarta carruagem até ao início das obras”, numa alusão aos trabalhos de alargamento do cais da estação de Arroios.

Refira-se que a circulação de comboios com três carruagens, é justificada pelo facto de o cais desta estação “ser curto” não permitindo, deste modo, a circulação de comboios com seis carruagens.

A vigília está agendada para as 17.30 h e será iniciada com um “freeze flash mob/manequin challenge”, estando também prevista a entrega da réplica de uma carruagem ao primeiro-ministro, que visa simbolizar as 20 carruagens paradas e da quarta em falta na linha Verde.

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