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Trabalhadores do call center da PT/Meo em greve a 13 de novembro

Trabalhadores subcontratados pela agência Manpower exigem a integração nos quadros da PT/Meo, bem como a valorização dos salários. Arménio Carlos defendeu que a empresa "não se pode sobrepor às leis do país".
Os trabalhadores subcontratados, da agência de emprego Manpower, marcaram greve para 13 de novembro. Foto de Mário Cruz, Lusa.

Os trabalhadores da Manpower anunciaram esta quarta-feira, no Porto, uma greve de 24 horas para 13 de novembro, caso a administração da PT/Meo não responda às suas reivindicações.

Segundo explicou Nélson Leite, do Sindicato Nacional de Trabalhadores das Telecomunicações e Audiovisual (SINTTAV), os trabalhadores estão em luta "pela valorização do posto de trabalho, do salário e pela questão do vínculo", sendo que é "incomportável" que estes "continuem subcontratados quando suprem necessidades permanentes da empresa".

Os trabalhadores subcontratados exigem "a sua vinculação à empresa", pois são "uma peça fundamental para o normal desenvolvimento da atividade da PT MEO", frisou Nélson Leite.

No que respeita à questão salarial, pedem para 2018 "um aumento de 4%, nunca inferior a 40 euros", passando os salários "para 640 e 692 euros, conforme o escalão em que o trabalhador estiver inserido", explicou o representante sindical.

O secretário-geral da CGTP, Arménio Carlos, que esteve presente na reunião dos trabalhadores, afirmou que estão em causa milhares de pessoas, algumas das quais a trabalhar "há 10, 15 anos para uma empresa, ocupando um posto permanente e a serem a voz todos os dias da PT MEO em questões como reclamações ou às informações que têm de prestar aos clientes".

"O contrato de trabalho tem de ser assumido e feito pela PT MEO. Temos toda a abertura para negociar", vincou Arménio Carlos.

O dirigente sindical avançou que a PT MEO "é um antro de ilegalidades", lembrando que os trabalhadores da Manpower "estão também a ser prejudicados com o que se passa em relação à Altice, cuja prática, desde o início, prepara um despedimento encapotado".

Considerando ser este o "tempo do Governo atuar", Arménio Carlos alertou que, apesar do "grande poder económico" da PT, esta "não se pode sobrepor às leis do país".

"Nos últimos tempos, a PT tem tomado medidas sistemáticas de violação da lei, questionando os direitos fundamentais dos trabalhadores e desrespeitando a lei do trabalho em Portugal, pelo que o Governo deve chamar a Altice para resolver o problema", rematou.

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