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Trabalhadoras da Triumph foram a Belém e não viram Marcelo

Uma delegação das trabalhadoras que fazem vigília à porta da empresa desde o início do ano foram recebidas por assessoras do Presidente da República. Quarta-feira, o caso estará em debate no parlamento por iniciativa do Bloco.
Foto Nuno Fox/LUsa

A luta das trabalhadoras da fábrica da antiga Triumph, em Sacavém, prosseguiu esta segunda-feira em frente ao Palácio de Belém, com uma concentração para pedir a intervenção do presidente junto do governo no sentido de encontrar uma solução para o caso desta empresa encerrada pela nova administração.

“O que pedimos é que o senhor presidente tente diante do Governo que este processo seja o mais agilizado possível e que futuramente que sirva para outras empresas que estão na mesma situação do que nós. Pedir para agir, intervir e agir”, disse a dirigente do sindicato dos têxteis do Sul, Mónica Antunes, à agência Lusa no final do encontro com as assessoras do Presidente para as ações sociais e o trabalho.

Com salários em atraso e sem garantias de receber as indemnizações a que têm direito, as cerca de 500 trabalhadoras da antiga Triumph revezam-se por turnos à porta da fábrica para evitar o roubo das máquinas e restante material, enquanto esperam há várias semanas pela nomeação do administrador de insolvência por parte dos tribunais. O Bloco de Esquerda agendou para esta quarta-feira um debate sobre a situação desta fábrica alvo de deslocalização, meses depois de existirem promessas de grandes investimentos.

VÍDEO: A corajosa luta das trabalhadoras da Triumph

Na semana passada, as trabalhadoras manifestaram-se em frente à Presidência do Conselho de Ministros, onde entregaram uma peça de lingerie produzida na fábrica ao ministro da Economia, Manuel Caldeira Cabral. O ministro tinha visitado a fábrica quando esta mudou de mãos, no início de 2017. Juntamente com os administradores da TGI-Gramax, Caldeira Cabral fez o anúncio de  investimentos avultados na fábrica têxtil que meses depois viria a encerrar.

Esta segunda-feira, o ministro do Trabalho, Vieira da Silva, afirmou que o governo tem estado a acompanhar a situação e “continua a trabalhar no sentido de encontrar” uma “alternativa de investimento. Se não for possível, "serão desencadeados todos os mecanismos para que o apoio social àquelas pessoas e àquelas famílias seja rápido e eficaz”, prometeu.

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