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Seis novos nomeados para o conselho geral da EDP têm ligações ao Governo

A assembleia geral de acionistas da EDP vai escolher no próximo dia 20 de fevereiro o conselho geral e de supervisão. Entre os novos nomeados seis têm ligação ao Governo, entre os quais o futuro presidente Eduardo Catroga e também Celeste Cardona e Paulo Teixeira Pinto, que em 2010 encabeçou a equipa que elaborou o projeto de revisão constitucional do PSD.
Paulo Teixeira Pinto quando foi entregar a Pedro Passos Coelho o projeto de revisão constitucional do PSD, 13 de setembro de 2010 – Foto de Tiago Petinga/Lusa

Já se sabia que Eduardo Catroga será o novo presidente do conselho geral e de supervisão da EDP.

Neste fim de semana, o “Diário de Notícias” noticiou que afinal mais cinco novos nomeados para esse conselho, que será escolhido na assembleia geral de acionistas que terá lugar a 20 de fevereiro, têm ligações estreitas ao atual Governo: Paulo Teixeira Pinto, Celeste Cardona, Jorge Braga de Macedo, Vasco Rocha Vieira, Ilídio Pinho.

Paulo Teixeira Pinto, foi o responsável pela elaboração do projeto de revisão constitucional do PSD, em 2010. Além disso, foi secretário de Estado da presidência do conselho de ministros nos governos de Cavaco Silva. Paulo Teixeira Pinto foi também o presidente da comissão executiva do BCP, tendo saído do com uma indemnização de 10 milhões de euros e com o compromisso de receber até final de vida uma pensão anual de 500 mil euros.

Celeste Cardona foi ministra de Justiça do governo PSD/CDS de Durão Barroso, tendo sido também uma destacada dirigente do CDS. Depois de sair de ministra da Justiça Celeste Cardona foi nomeada para a administração da Caixa Geral de Depósitos, no período do governo de Santana Lopes.

Jorge Braga de Macedo foi ministro das Finanças de um Governo de Cavaco Silva.

Vasco Rocha Vieira foi o último governador de Macau e ministro da República nos Açores durante o primeiro governo chefiado por Cavaco Silva.

Ilídio Pinho é um conhecido empresário, que, segundo o jornal, é membro da administração da Fomentinvest, empresa de Ângelo Correia, na qual Pedro Passos Coelho foi gestor. Ilídio Pinho foi também apoiante de Santana Lopes, quando este substituiu Durão Barroso como primeiro ministro, e da candidatura presidencial de Cavaco Silva.

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