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Sócrates lança 1ª pedra que vai afundar linha do Tua

Primeiro-ministro junta-se a António Mexia para lançar a primeira pedra que vai afundar parte da linha ferroviária do Tua. Deputada do Bloco Rita Calvário afirma que “José Sócrates está a garantir os lucros da EDP contra as populações desta região de Trás-os-Montes”.
A barragem de Foz Tua terá “um contributo ínfimo para a produção de energia no país”. Foto www.linhadotua.net.

O primeiro-ministro português esteve presente esta sexta-feira, em Alijó, no arranque oficial da barragem de Foz Tua, cuja construção vai provocar a submersão da linha ferroviária do Tua.

A deputada do Bloco de Esquerda, Rita Calvário, condenou a construção desta infra-estrutura, defendendo que, “com esta opção, perdem as populações, perde o país e perde esta região que precisa de desenvolvimento”.

A barragem de Foz Tua, inserida no Plano Nacional de Barragens, que será construída a uma quota de 170 metros e submergirá 16 quilómetros da linha ferroviária do Tua, terá, segundo Rita Calvário, “um contributo ínfimo para a produção de energia no país”.

O enterramento da linha ferroviária do Tua, “um património com mais de 120 anos de história e que dá acesso a paisagens únicas que serão destruídas”, condenará as populações ao “isolamento e à interioridade”, acabando com um serviço público de transporte, já que “durante os 75 anos da concessão da barragem, e também de parte das águas do rio Tua, não há garantias sobre o transporte público das populações”.

Para Rita Calvário, este é mais um capítulo da política ferroviária deste governo, que só rivaliza com “o período cavaquista em que se encerraram mais de 800 km de linhas, que assenta em acabar com as linhas regionais e do interior do país, ditando o maior isolamento destas populações e a desertificação humana destes territórios”.

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