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Reitores rejeitam aumento das propinas

Os cortes no financiamento do Ensino Superior não podem ser compensados com novo aumento do valor das propinas, dizem os reitores das Universidades de Lisboa e Porto.
Pairam nuvens negras sobre os orçamentos das universidades para 2012. Foto Phil Photostream/Flickr

«Teríamos de aumentar tanto as propinas que depois não teríamos alunos. Não resolveria o problema», diz o reitor de Coimbra à agência Lusa. João Gabriel Silva sublinha que as universidades estão a sofrer cortes "há cinco, seis anos" que já rondam os 30%, mas que apesar disso se trata "do único sector não mencionado no memorando da troika".

Quando perguntado sobre quais as perspectivas para 2012, João Gabriel Silva diz que "temos tido más surpresas. Cada buraco anunciado é mais um prego no caixão", e acrescenta que espera "um orçamento mais pequeno, mas que nos deixe funcionar".

O reitor da Universidade do Porto também diz que "aumentar propinas neste momento que não é o caminho". Marques dos Santos revela ainda que 60% dos custos da universidade é com recursos humanos. "Desde Dezembro, até agora, temos menos 60 professores na Universidade do Porto. Contratar uma pessoa a 20 por cento não é o mesmo que a tempo inteiro", justificou.

Esta segunda-feira, o esquerda.net revelou a comunicação da Faculdade de Ciências de Lisboa aos docentes e bolseiros de investigação, em que anuncia a decisão de suspender o pagamento das bolsas e contratos associados aos projectos de investigação, com efeitos a partir de Outubro, por causa de “anomalias das transferências financeiras da Fundação para a Ciência e Tecnologia para a FCUL”.

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