Está aqui
"Programa do PSD/CDS é pura propaganda”
Para a deputada e cabeça de lista do Bloco em Lisboa, Passos Coelho e Paulo Portas apresentaram o seu programa com “um discurso ao melhor estilo de miss Universo: pura propaganda.” “O que a coligação vai fazer não está no programa que apresenta e o que está no programa que apresenta não é para fazer”, resumiu Mariana Mortágua.
Para a candidata bloquista o plafonamento dos descontos para a Segurança Social “é uma proposta perigosa e irresponsável”, porque “acaba com a ideia de que quem mais tem pode contribuir para quem menos tem, que é a ideia central do modelo do Estado Social”.
Mas a proposta de acabar com a redistribuição na Segurança Social conduz à criação de um buraco enorme nas contas da Segurança Social, segundo as contas do próprio PSD, acrescentou Mariana Mortágua, recordando a proposta feita em 2007 pelo então líder do partido. “Quando Marques Mendes apresentou esta mesma proposta, fez as contas: era preciso vender parte do Fundo de Estabilização da Segurança Social e emitir mais dívida de 9 mil milhões de euros”, lembrou.
Mariana Mortágua diz que o programa da direita “assenta num diagnóstico mentiroso”, que parte do princípio que o país está menos endividado, que os problemas estruturais da economia estão resolvidos e que o país é financeiramente mais estável.
“Todas as propostas assentes neste diagnóstico são falsas e pura propaganda”, prosseguiu, concluindo que isso justifica o facto de “não apresentarem quaisquer contas das propostas que apresentam”.
Quanto à suposta preocupação social da coligação da direita, Mariana Mortágua considera-a “hipócrita e falsa”. “Quem deixa o país neste estado de pobreza não pode vir agora dizer que vai passar a ter preocupação social”, critica a economista.
“O que preocupa este governo não é a proteção do Estado Social ou a racionalidade económica, é a prestação de uma garantia a novas áreas de negócio”, bem patente na “lógica de ajuda aos privados na educação e saúde” ou na entrega às instituições de caridade do apoio aos mais pobres, que “sai mais caro que qualquer medida redistributiva como é o caso do RSI em Portugal”, prosseguiu Mariana Mortágua.
Adicionar novo comentário