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Plural: técnicos e atores em greve

A vida dos trabalhadores da Plural não é um espetáculo. As condições de trabalho da produtora têm falhas graves. Por isso, os trabalhadores entraram em greve.
Concentração dos trabalhadores da Plural

A vida real dos trabalhadores das telenovelas é dura. Diogo Ramalho, delegado sindical do CENA-STE na Plural Entertainment, descreve as condições de trabalho ao esquerda.net: planos normais de trabalho que quase sempre atingem as 11 horas por dia; trabalhadores sem aumentos há 8 ou mesmo mais anos; desrespeito do princípio do “trabalho igual, salário igual”, chegando a haver “discrepâncias de 500 e 600 euros ou ainda mais”; falta de circulação de ar nos espaços fechados; trabalho em altura sem formação ou sem condições de segurança, entre muitos outros problemas.

A empresa responsável por estas condições de trabalho é uma produtora televisiva que faz parte do grupo Media Capital.

Esta terça-feira cumpriram o primeiro dia de uma greve parcial que durará até ao dia 10. Todas as equipas envolvidas nas produções televisivas pararam depois de terem cumprido oito horas de trabalho. Em causa estão as gravações das telenovelas "Valor da Vida" e "A Teia", atualmente em exibição na TVI.

Os trabalhadores reivindicam ainda a integração nos quadros de trabalhadores, o fim de falsos recibos verdes e da contratação de trabalhadores em outsorcing.

O sindicato CENA-STE tem organizado plenários e fala em "pouca abertura negocial das Administrações." A empresa falhou mesmo o prazo de entrega formal de uma proposta que fosse ao encontro das reivindicações apresentadas e "declinou" a reunião que estava agendada para o passado 27 de Novembro.

Para os trabalhadores “as empresas do ramo não podem continuar a guardar para si a parte esmagadora dos lucros criados” porque as “as telenovelas e outros programas não são feitos nos gabinetes das administrações, são feitos pelas mãos destes trabalhadores, e é por causa do seu trabalho que os espectadores ligam a televisão."

 

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