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Passos diz que acertou na escolha de Nuno Crato

Primeiro-ministro elogia o empenho do ministro da Educação em resolver os problemas na colocação de professores, iludindo o facto de o próprio ter sido o responsável pelo início do ano letivo mais caótico dos últimos tempos. Ainda falta colocar 2000 professores e a lista enviada pelo Ministério para as escolas está desatualizada.
Nuno Crato pôs o lugar à disposição, mas Passos não o demitiu. Foto Miguel A. Lopes, LUSA

No mesmo dia em que, segundo a Fenprof e a Associação Nacional de Diretores Escolares, ainda falta colocar cerca de 2.000 professores, o primeiro-ministro, Passos Coelho, elogiou a forma como o ministro da Educação, Nuno Crato, se empenhou na resolução do problema da colocação dos professores.

"Só significa que acertei quando o escolhi para ministro da Educação", afirmou, sublinhando que o ministro não quis "sacudir a água do capote".

O primeiro-ministro reconheceu pela primeira vez que Crato “pôs o lugar à disposição, mas ele não aceitou substitui-lo.

O primeiro-ministro reconheceu pela primeira vez que Crato “pôs o lugar à disposição, mas ele não aceitou substitui-lo.

Passos Coelho garantiu que o governo está agora "praticamente em condições de dizer" que os problemas no concurso estão resolvidos, reconhecendo que "foi um tempo conturbado, este por que passámos", e que o início de ano letivo foi "mais atribulado" do que o esperado pelo governo, com "quase dois por cento" dos professores afetados com erros no concurso.

Lista enviada para as escolas está desatualizada

Mas a realidade das escolas parece desmentir a confiança do primeiro-ministro. Segundo Manuel Pereira, da ANDE, a aplicação informática que serve de base à contratação pelas escolas dos professores ainda em falta está com problemas e, entre outras falhas, os diretores não conseguem encontrar os contactos telefónicos dos docentes disponíveis para ocupar os lugares vagos. Além disso, a ordenação estará desatualizada.

"A bolsa [de contratação] está nas nossas mãos, mas a lista de professores não está atualizada. Tem a data de 3 de Outubro, quando a última colocação de professores foi a 10 de Outubro e entretanto entraram professores para as escolas", diz Manuel Pereira, defendendo que as listas enviadas na segunda-feira às escolas deveriam refletir "a situação em que se encontravam os docentes na última sexta-feira".

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