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Passos Coelho aprova medida de risco que criticou a Sócrates
O Jornal de Negócios dá conta que em maio de 2011, durante a campanha eleitoral, num almoço de campanha em Mirandela, o atual primeiro-ministro Passos Coelho, criticou ferozmente o governo do Partido Socialista, então liderado por José Sócrates, por colocar em risco os depósitos e as reformas dos portugueses, ao pedir à Segurança Social e aos bancos para comprarem dívida pública nos leilões das novas emissões, ainda antes do pedido de intervenção da troika.
Recorde-se que um dos últimos atos de Vítor Gaspar foi assinar um despacho que permite ao Fundo de Estabilização Financeira da Segurança Social que serve de almofada para o pagamento futuro das pensões, incrementar o investimento em dívida soberana portuguesa para 90% da carteira.
Com esta decisão reduz-se o rácio da dívida pública em função do PIB e as necessidades de financiamento do Estado nos mercados.
A ideia, como se sabe, não é nova em Portugal, uma vez que o governo do PS o tentou fazer em 2011, com a intenção de evitar a intervenção da troika, o que acabou por não acontecer.
Na altura, Passos Coelho fez dessa opção do executivo tema de campanha, criticando duramente a intenção, agora, à frente do governo, prepara-se para fazer o que criticou há pouco mais de dois anos, com o aval do ministro Pedro Mota Soares que tutela o fundo.
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