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Parlamento apela ao fim da violência contra civis sírios

“Entre Bashar Al-Assad, Vladimir Putin e Donald Trump não existem inocentes. Inocentes são as vítimas destes ataques”, defendeu Pedro Filipe Soares.

 Esta sexta-feira foram discutidos, na Assembleia da República, dois votos sobre os mais recentes desenvolvimentos da guerra na Síria, um subscrito por PSD e PS e outro pelo PCP.

 O primeiro, que reuniu os votos favoráveis de PS, PSD, Bloco de Esquerda, CDS e PAN e a rejeição de PCP e PEV, condenava o “ataque químico à cidade síria de Khan Cheikdhoun”, apelando “ao fim da violência contra civis inocentes e à intervenção da comunidade internacional de forma a apurar toda a verdade sobre o que aconteceu nesta cidade do norte da Síria”.

 Este voto apresentava ainda as “mais sentidas condolências” da Assembleia da República e a sua “solidariedade para com as populações sírias afetadas por mais este ataque”.

 O voto apresentado pela bancada do PCP, que só mereceu os votos favoráveis dos “Verdes”, propunha-se condenar “a guerra de agressão contra a Síria e o seu povo”, apoiar “os esforços para a paz e reclamar o respeito pelo direito do povo sírio à soberania, independência e integridade territorial da República Árabe da Síria, defendendo ainda um “sério e imparcial apuramento de responsabilidades pelos crimes e violações dos direitos humanos ocorridos no âmbito da agressão perpetrada contra a República Árabe da Síria”.

O voto seria rejeitado pelas bancadas do PS, PSD e CDS. Bloco de Esquerda e PAN abstiveram-se. Na sua intervenção, Pedro Filipe Soares sublinhou que “o Bloco de Esquerda condena frontalmente o ataque contra civis sírios com recurso a armas químicas” e que, “com a mesma frontalidade” condena o “ataque feito pelas tropas norte-americanas”.

 “Entre Bashar Al-Assad, Vladimir Putin e Donald Trump não existem inocentes. Inocentes são as vítimas destes ataques”, exclamou o líder parlamentar bloquista.

 Para a abstenção dos bloquistas contribuiu o facto de o voto apresentado pela bancada do PCP defender a “integridade territorial da República Árabe da Síria”, o que faria o parlamento tomar partido pela ditadura da família Assad contra o direito dos povos à autodeterminação, nomeadamente o do povo curdo.

Pedro Filipe Soares: "Entre Assad, Putin e Trump não há inocentes. Inocentes são as vítimas"

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