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Panos pretos nas estátuas de Lisboa, Porto e Aveiro para receber Merkel

Durante este fim-de-semana, várias estátuas nas cidades de Lisboa, Porto e Aveiro foram cobertas por panos pretos, “num sinal não de luto, mas de luta contra a troika, pela defesa da democracia e dos nossos direitos”, segundo o grupo “Que se lixe a troika”, impulsionador da ação e da manifestação marcada para hoje, às 13h, no Largo do Calvário em Lisboa. “A Merkel não manda aqui” e não é bem-vinda, dizem.
No sábado à noite, um grupo de ativistas do movimento “Que se lixe a troika”, promotor desta iniciativa, colocou panos pretos em várias estátuas da Avenida da Liberdade, Saldanha, Avenida Duque de Loulé, Praça da Alegria e Praça José Fontana.

Este domingo, Lisboa amanheceu já com algumas das suas estátuas com “panos pretos contra a troika”. No sábado à noite, um grupo de ativistas do movimento “Que se lixe a troika”, promotor desta iniciativa, colocou panos pretos em várias estátuas da Avenida da Liberdade, Saldanha, Avenida Duque de Loulé, Praça da Alegria e Praça José Fontana.

Na noite de domingo, outras estátuas, em Lisboa, foram vestidas “num sinal não de luto, mas de luta contra a troika, pela defesa da democracia e dos nossos direitos”, como se lê no comunicado de imprensa. 

O protesto contra a visita de Angela Merkel a Portugal chegou também à cidade do Porto, onde várias estátuas estão agora cobertas com panos pretos, exibindo a palavra “Basta!”.

Em Aveiro, seis estátuas foram também cobertas por panos pretos.

Merkel chega nesta segunda-feira a Lisboa para uma visita de um só dia. Vai encontrar-se com Cavaco e Passos Coelho. Traz consigo alguns dos maiores empresários da Alemanha e um discurso que insiste na necessidade de reformas austeritárias.

Em Lisboa, Merkel quer também debater as ideias que tem vindo a explicitar para resolver as lacunas da arquitetura da moeda única europeia e que, em sua opinião, estão na origem da crise da dívida.

A chanceler defende que os Estados deverão transferir novos poderes para as instâncias europeias, nomeadamente em termos de controlo dos orçamentos para evitar derrapagens, a par das políticas fiscal e relativas ao mercado de trabalho.
Estas transferências de soberania são, do ponto de vista de Berlim, o requisito prévio para poder aceitar novas formas de solidariedade entre os países do euro, como a emissão de dívida pública em comum para baixar os seus custos de financiamento no mercado.

"Nós decidimos o futuro do nosso país, em democracia”

O grupo “Que se lixe a troika” entende que “esta visita deve ser respondida com a expressão pública do descontentamento, com a rejeição das políticas desastrosas da troika e da austeridade, que nos condenam ao empobrecimento e ao desemprego”. Para tal está marcada uma manifestação para as 13h desta segunda-feira, com ponto de encontro no Largo do Calvário, em Lisboa.

Além disso, “Portugal vive uma realidade económica e social, que nos obriga, a cada um de nós, a um acréscimo de consciência e intervenção cívica” e por isso defendem que é preciso afirmar publicamente “que a chanceler não manda aqui, que somos nós, que vivemos e que trabalhamos em Portugal, que decidimos o futuro do nosso país em democracia”.

A Merkel não manda aqui! Panos pretos contra a troika! (2ª acção)

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