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Odemira exige rescisão do contrato de prospeção de petróleo

A moção aprovada por unanimidade na autarquia aponta os "riscos ambientais, económicos e sociais" para a região e quer que o governo rescinda o contrato com o consórcio GALP/ENI.
Foto Robert Seale/Maersk Drilling/Flickr

A moção foi aprovada por unanimidade na reunião do executivo que conta com vereadores do PS e da CDU. Os autarcas exigem a rescisão do contrato, "não permitindo assim que se avance com o primeiro furo de prospeção na Bacia do Alentejo", entre Aljezur e Sines, ao largo do Parque Natural do Sudoeste Alentejano e da Costa Vicentina.

A moção aprovada, citada pela agência Lusa, quer saber "quais os fundamentos" que o governo apresenta para autorizar o consórcio formado pelas petrolíferas Eni e Galp a fazer um furo na Bacia do Alentejo para a prospeção de petróleo no mar.

Os autarcas lembram que a emissão da licença por parte da Direção-Geral dos Recursos Naturais, Segurança e Serviços Marítimos, para as petrolíferas fazerem um furo de 2500 a 3000 metros de profundidade a 47 quilómetros ao largo de Aljezur, foi feita “um mês depois de o Governo ter rescindido os contratos para prospeção e exploração de hidrocarbonetos ao largo da Costa Sul do Algarve e em terra, no concelho de Aljezur”.

Por isso, a Câmara de Odemira considera “inaceitável que mais uma vez o Sudoeste Alentejano e a Costa Vicentina sejam confrontados e afrontados de forma discriminatória, sem consulta prévia às entidades locais, sem estudos de avaliações dos impactos económicos, sociais e ambientais [da prospeção de petróleo] e ao arrepio dos objetivos assumidos por Portugal no âmbito do Acordo de Paris, que apontam, pelo contrário, no sentido da transição energética para uma economia de baixo carbono."

Termos relacionados Petróleo em Portugal, Ambiente
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