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Odemira exige rescisão do contrato de prospeção de petróleo
A moção foi aprovada por unanimidade na reunião do executivo que conta com vereadores do PS e da CDU. Os autarcas exigem a rescisão do contrato, "não permitindo assim que se avance com o primeiro furo de prospeção na Bacia do Alentejo", entre Aljezur e Sines, ao largo do Parque Natural do Sudoeste Alentejano e da Costa Vicentina.
A moção aprovada, citada pela agência Lusa, quer saber "quais os fundamentos" que o governo apresenta para autorizar o consórcio formado pelas petrolíferas Eni e Galp a fazer um furo na Bacia do Alentejo para a prospeção de petróleo no mar.
Os autarcas lembram que a emissão da licença por parte da Direção-Geral dos Recursos Naturais, Segurança e Serviços Marítimos, para as petrolíferas fazerem um furo de 2500 a 3000 metros de profundidade a 47 quilómetros ao largo de Aljezur, foi feita “um mês depois de o Governo ter rescindido os contratos para prospeção e exploração de hidrocarbonetos ao largo da Costa Sul do Algarve e em terra, no concelho de Aljezur”.
Por isso, a Câmara de Odemira considera “inaceitável que mais uma vez o Sudoeste Alentejano e a Costa Vicentina sejam confrontados e afrontados de forma discriminatória, sem consulta prévia às entidades locais, sem estudos de avaliações dos impactos económicos, sociais e ambientais [da prospeção de petróleo] e ao arrepio dos objetivos assumidos por Portugal no âmbito do Acordo de Paris, que apontam, pelo contrário, no sentido da transição energética para uma economia de baixo carbono."
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