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“O BCE é a instituição não-democrática mais poderosa do mundo”

O Parlamento Europeu debate esta terça-feira o pacote legislativo da União Bancária. Para Marisa Matias, ela é o melhor exemplo da promessa falhada de pôr a finança na ordem, depois da Europa ter gasto 26% do seu PIB a salvar a banca.
Marisa Matias no plenário do Parlamento Europeu. Foto Parlamento Europeu.

Marisa Matias criticou o facto de muitas terem sido as declarações de intenções para impedir que uma crise como a actual se pudesse repetir, mas na realidade muito pouco ter sido feito e esse pouco ter demorado tanto tempo: “A tarefa de pôr a finança em ordem não só está por concluir como ainda nem sequer começou”, mesmo depois de "ter sido gasto 26% do PIB europeu para salvar a banca" nos últimos anos.

A deputada do Bloco de Esquerda alertou ainda para os perigos de se continuar a concentrar cada vez mais poderes numa instituição não-democrática como o BCE – “O BCE é, por isso, hoje a instituição não-democrática mais poderosa do mundo”, e sublinhou o facto de termos que esperar ainda mais 8 anos para que a única boa medida deste pacote legislativo, a criação do Fundo de Resolução Europeu, esteja concluída.

“Começa a ser insuportável a forma como todas as reformas que podem tornar a zona Euro e a União Europeia projectos viáveis sejam sistematicamente proteladas e sistematicamente colocados os interesses dos mercados financeiros à frente dos interesses das populações”, lamentou a eurodeputada do Bloco.

A União Bancária e o super banco - Marisa Matias 2014/04/15

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