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Novo Banco "foi vendido a preço zero" ao Lone Star
"O Banco de Portugal selecionou hoje a Lone Star para concluir a operação de venda do Novo Banco, tendo o Fundo de Resolução assinado os documentos contratuais da operação", pode ler-se no comunicado de Carlos Costa.
"A assinatura do contrato permite que seja cumprido o prazo de venda fixado nos compromissos assumidos pelo Estado junto da Comissão Europeia. Após a conclusão da operação, cessará a aplicação do regime das instituições de transição ao Novo Banco."
Em reação, Mariana Mortágua afirmou que "o Bloco não aceita esta solução. Não achamos que seja inevitável. Não aceitamos a chantagem de nos dizerem que ou se privatiza ou se liquida ou Novo Banco. Achamos que o assunto tem de vir ao parlamento e o governo tem de ser confrontado com a nacionalização."
Em concreto, a Lone Star fica com 75% do Novo Banco e o Fundo de Resolução com os restantes 25%. O Novo Banco recebe no imediato uma injeção de 750 milhões de euros, com os restantes 250 milhões a entrar até 2020.
Segundo o jornal Público, esta operação está no entanto dependente de uma troca de obrigações "que terá que valer 500 milhões de euros, voluntária na adesão, mas com uma espécie de espada sobre a cabeça dos atuais investidores do Novo Banco: se falhar a operação, o banco fica sem comprador - e o negócio em risco de cair. Esta operação pode passar por revisão de maturidades, revisão dos juros ou mesmo por um haircut, perdão parcial do montante em dívida", acrescentam.
Segundo o primeiro-ministro António Costa, a participação que o Estado mantém de 25% no capital do Novo Banco vai permitir o poder de veto sobre decisões estratégicas bem como a gestão do side bank, e rejeitou a existência de qualquer "garantia". No entanto, a operação envolve de facto uma garantia indireta ao Fundo de Resolução de 4 mil milhões sobre os ativos considerados problemáticos. Ou seja, para além dos 3,8 mil milhões de euros públicos já utilizados para recapitalização do banco, o Estado obriga-se através do Fundo de Resolução com mais 4 mil milhões para cobrir imparidades potenciais.
Os ativos problemáticos do Novo Banco foram colocados no 'side bank', divisão que agrega os ativos considerados tóxicos ou simplesmente não centrais para a operação do banco, e que terá de ser vendido nos próximos cincos por imposição da Direção Geral da Concorrência (DGComp).
Segundo o primeiro-ministro, a gestão do side bank será mantida no Fundo de Resolução, enquanto os ativos centrais serão geridos pela Lone Star. No entanto, Mariana Mortágua salientou que, na realidade, o que existe são "algumas salvaguardas" que a Lone Star terá de respeitar por alguns anos, "mas o controlo do side bank será do fundo norte-americano".
Questionado sobre as garantias que o governo terá negociado sobre a forma como a Lone Star gere os ativos, especificamente se a LoneStar está impedida de vender o Novo Banco aos retalhos, o primeiro-ministro respondeu que "não há garantias". A garantia que há, acrescentou, é que "se houver um evento de crédito, o Fundo de Resolução só mete dinheiro no caso de haver necessidade de reposição dos rácios de capital". Mas, acrescentou, considerando que a recapitalização de mil milhões colocará os rácios nos 15% e o limite é 12,5%, "há cerca de 600 milhões de almofada de capital para evitar reposições de capital".
O primeiro-ministro argumentou por isso que "não existirá impacto direto ou indireto nas contas públicas nem novos encargos para os contribuintes" porque, diz, "o reforço de capital é totalmente assegurado pelo Fundo de Resolução e futuras necessidades de capital serão assegurados pelos bancos que contribuem para o Fundo de Resolução". O mesmo argumento utilizado por Pedro Passos Coelho aquando da criação do Fundo de Resolução e que se veio a verificar ser falso.
Comentários
Venda novo banco
Mil milhões ... os políticos e mais alguém continuam a chamar aos portugueses parolos, ignorantes pessoas de brandos costumes ,chega. Dos quatro capitalistas portugueses um só chegava para comprar o novo banco até um jogador de futebol sem mencionar nomes o poderia fazer, e as pessoas que ficaram sem muito mais do que este valor tudo isto é ridículo isto é uma ofensa a quem sabe utilizar a inteligência . Concluindo o capitalismo está a destruir o equilíbrio mundial vamos começar a construir um novo entendimento mundial somos humanos (evolucionismo darwin religiosos católicos muçulmanos etc)umas coisas sabemos respeito consciência,cérebro uma coisa que me consola vamos acabar todos da mesma forma, Sr presidente afinal quem é o Sr para mim era uma referência não me desiluda num futuro a inteligência irá governar o mundo é não esquecer todas as religiões são iguais é claro todos nós já agora o Sr Ricardo salgado ficou com uma fortuna minha mas Jesus Cristo e nossa senhora de Fátima que lhe perdoem a ele e a todos os capitalistas corruptos retrógrados não falo em Deus pois não conheço com todo o respeito
Fim do capitalismo ??!!
O capitalismo ao contrário do que diz está aí cada vez com mais força. Agora conta ainda com o apoio indirecto da auto proclamada "esquerda" ( de ser por amor ao caviar e champanhe) que fazendo o teatro do costume se esganiça e braceja mas continua a apoiar o governo que faz isto :
" Venda do NB com a garantia dada polo Fundo de Resolução de assumir perdas até 3,9 mil milhões de euros de activos problemáticos, se necessário.
Trinta e dois meses depois, esta sexta-feira, a história repetiu-se com os mesmos protagonistas: Governo, Banco de Portugal e banca. E no centro, outra vez o Novo Banco. E, pelo meio um fundo de investimento imobiliário norte-americano classificado de “abutre” pela “gerigonça” que apoia o primeiro-ministro"
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