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"Não há desculpas para esta agressão"

Cerca de uma centena de pessoas concentraram-se esta segunda-feira em frente à embaixada de Israel em Lisboa, condenando o ataque militar à frota humanitária que se dirigia a Gaza.
O deputado José Gusmão esteve na concentração e apelou à mobilização em solidariedade com a Palestina. Foto Paulete Matos

"Este não foi o primeiro ataque e infelizmente não será o único", disse Ziyaad Lunat, do Comité de Solidariedade com a Palestina, apelando a uma posição firme do governo português de repúdio pelo ataque que fez pelo menos 19 mortos civis em águas internacionais. “Vamos exigir ao Ministério dos Negócios Estrangeiros não só tirar satisfações do Governo israelita, mas queremos que Portugal expulse o embaixador de Israel, não só por esta ação mas por um leque de abusos que Israel tem cometido contra o povo palestiniano”, acrescentou Zyiaad Lunat.

A contradição no tratamento excepcional dado a Israel pelas grandes potências também foi assinalada com o exemplo do episódio recente entre as Coreias. "Quando os norte-coreanos atacaram o barco sul-coreano, houve logo uma condenação unânime dos países. Desta vez temos a quarta potência militar mundial de um lado e do outro barcos com civis", sublinhou o activista do Comité de Solidariedade com a Palestina, que convocou a manifestação.

Vários dirigentes políticos e associativos marcaram presença nesta concentração. O deputado José Gusmão, do Bloco de Esquerda, apelou também ao governo português para condene com firmeza este massacre de civis por parte das tropas israelitas e destacou a importância do reforço da mobilização da opinião pública na solidariedade com a Palestina e na denúncia dos crimes israelitas.

Francisco Raposo, do Sindicato dos Trabalhadores do Município de Lisboa, leu a carta que o STML pretendia dirigir ao embaixador israelita, manifestando o "profundo horror" pelo "acto de pirataria" e apelando à libertação dos civis sequestrados pela marinha de Israel nesta agressão militar, bem como ao fim da ocupação da Palestina. O texto acabou por ser aclamado pelos presentes e entregue na recepção do edifício, onde informaram não haver ninguém no interior da embaixada para o receber.

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