Está aqui

Museu de Artes Decorativas quer funcionários sem pagar salário

O Museu da Fundação Ricardo Espírito Santo Silva, atualmente sustentado por um protocolo de apoio entre a Santa Casa da Misericórdia e a Câmara Municipal de Lisboa, lançou um programa de voluntariado para funções com horário completo e obrigação de comparência. 

“Aceitam-se voluntários para guardaria e atendimento ao público no Museu de Artes Decorativas Portuguesas”, pode ler-se num anúncio publicado na página de facebook do Museu que pertence à Fundação Ricardo Espírito Santo Silva, hoje sustentada financeiramente por um protocolo entre a Santa Casa da Misericórdia e a Câmara Municipal de Lisboa. 

Os candidatos deverão estar disponíveis para trabalhar entre 20 de julho e 15 de setembro, “todos os dias das 10h às 17h”, com “hora de almoço das 13h às 14h”, excepto à “terça-feira (dia de encerramento)”. 

Como compensação o Museu garante uma “OFERTA: Descontos em Cursos de Curta Duração”. 

A reação negativa nas redes sociais obrigou a um comunicado público da Diretora do Museu, Conceição Amaral, onde declara que se trata de “má interpretação do repto lançado a jovens estudantes que estão de férias e que procuram nos museus um espaço para uma ocupação”. Explica ainda que “informar turistas sobre o património cultural português era o objetivo. Não se está a contratar trabalhadores”, conclui. 

As iniciativas de voluntariado para suprir funções permanentes em serviços públicos de cultura é uma iniciativa lançada ainda pelo anterior governo em 2013, com programas específicos para os Teatros Nacionais D. Maria II e São João (TNDM e TNSJ, em Lisboa e Porto). 

Termos relacionados Cultura
(...)