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Moradores de Forte da Casa querem garantias de segurança na ADP

Dezenas de pessoas que vivem perto da Adubos de Portugal querem formar uma comissão que tenha acesso aos relatórios sobre cumprimento das regras ambientais.
Foto Adubos de Portugal

Depois de confirmado que o surto de legionella, que fez 10 mortes e 336 infetados, teve origem na bactéria presente nas torres de refrigeração da Adubos de Portugal (ADP), os moradores de uma das freguesias mais afetadas, Forte da Casa, reuniram este domingo para discutir o problema que foi criado a poucos metros de suas casas.

"Queremos garantias de que está a laborar de forma correta. Queremos ter acessos aos relatórios de atividade para poder comprovar estão a cumprir a legislação", defendeu Pedro Fonseca, um dos responsáveis pelo encontro que terá seguimento com uma recolha de assinaturas a entregar na Câmara de Vila Franca de Xira.

"De há uns três, quatro anos para cá notávamos que a ADP emitia um fumo laranja que nos sujava as varandas e a roupa. Com esta notícia da ‘legionella' percebemos que isto é muito grave e já não é uma questão de nos sujar ou não a roupa", afirmou à agência Lusa um dos moradores presentes na reunião.

"Queremos garantias de que está a laborar de forma correta. Queremos ter acessos aos relatórios de atividade para poder comprovar estão a cumprir a legislação", defendeu Pedro Fonseca, um dos responsáveis pelo encontro que terá seguimento com uma recolha de assinaturas a entregar na Câmara de Vila Franca de Xira.

O primeiro objetivo passa pela criação de uma Comissão de moradores que possa monitorizar o cumprimento das regras ambientais por parte daquela empresa, mas os moradores vão mais longe. "Não queremos viver toda a vida com a fábrica ao pé de casa. Não dizemos que é necessário encerrar já a ADP, mas defendemos que haja um plano gradual de transição e que no futuro possa ser deslocalizada", sublinhou Pedro Fonseca, que vive a 200 metros da fábrica.

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