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Memórias: Halldór Laxness

No dia 8 de fevereiro de 1998, morreu Halldór Laxness. Foi um escritor islandês. Tendo sido controverso pelas suas posturas radicais, foi uma figura dominante na literatura islandesa, ao longo do século XX.
Em 1955, Halldór Laxness ganhou o Prémio Nobel da Literatura.
Em 1955, Halldór Laxness ganhou o Prémio Nobel da Literatura.

Laxness nasceu, no dia 23 de abril de 1902, como Halldór Kiljan GudJonsson, mas adotou como seu apelido o nome de um bairro da periferia de Reiquiavique, cidade onde nasceu.

Aos 14 anos, Laxness escreveu o seu primeiro artigo, publicado no jornal "Morgunblaðið". Aos 19 anos, publicou o seu primeiro conto no mesmo jornal. Durante a sua juventude, Laxness viajou bastante e residiu fora da Islândia.

Nos vários países da Europa continental onde viveu, sentiu-se influenciado pelo surrealismo e pelo expresionismo alemão. A sua posterior estadia nos Estados Unidos, fê-lo deixar a fé católica,  tornando-se ateu.

O socialismo foi o prisma através do qual Laxness observou o mundo durante os anos trinta e quarenta, tendo sido defensor da União Soviética, até à invasão da Hungría, em 1956.

Laxness foi duramente atacado pela sociedade conservadora. Mas os jovens islandeses víam nele alguém capaz de dar novos valores à sociedade. Tendo sido controverso pelas suas posturas radicais, Laxness foi uma figura dominante na literatura islandesa, ao longo do século XX.

Durante a sua vida, Laxness escreveu 51 romances, poesia, artigos de jornal, livros de viagens, peças de teatro, contos e outras obras. Em 1955, ganhou o Prémio Nobel da Literatura.

A sua obra, traduzida em mais de 45 línguas, tem grande sucesso em todo o mundo. Em Portugal, foram editadas pela Cavalo de Ferro: "Os peixes também sabem cantar", "Gente Independente" e "O Sino da Islândia". 

Por António José André.

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