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“Mediterrâneo não pode ser cemitério de armas químicas”, defende Alexis Tsipras

O líder do Syriza e candidato do Partido da Esquerda Europeia à presidência da Comissão Europeia quer que Bruxelas impeça a operação da ONU para destruir as armas químicas da Síria algures no Mediterrâneo.
Foto alexistsipras.eu

Numa carta dirigida aos presidentes da Comissão, Conselho e Parlamento Europeu, bem como à responsável pela política externa e de Segurança, Alexis Tsipras começa por contestar uma “operação feita sem transparência” e que está a ser financiada com 12 milhões de euros pela União Europeia. Bruxelas deu luz verde à destruição das armas químicas recolhidas junto do governo sírio no Mediterrâneo, poucos meses depois de ter declarado 2014 como o “Ano do Mediterrâneo”.

O líder do Syriza critica a classificação de “militar” desta operação coordenada pelas Nações Unidas e diz que a falta de informação sobre “a localização exata e os métodos que serão usados criaram uma enorme apreensão no que respeita às consequências para a região do Mar Mediterrâneo.

Tsipras alerta para as posições da comunidade científica que já “expressou sérias reservas acerca da credibilidade científica” da operação de destruição das armas químicas da Síria e acrescenta que de pouco valem as garantias dadas até agora face à “enormidade do risco envolvido” na operação para a “Saúde Pública, o ecosistema marinho, a pesca, o turismo e uma série de atividades produtivas em torno de todo o Mediterrâneo e das regiões que lhe são próximas”.

O candidato à presidência da Comissão recorda que o Partido da Esquerda Europeia sempre defendeu o papel pacificador da ONU e a sua responsabilidade em promover a destruição de armamento. Mas recorre a várias convenções internacionais de proteção do Mediterrâneo para apelar aos líderes da UE para tomarem medidas no sentido de cancelar esta operação e o seu financiamento a ela, bem como para “pressionar a ONU para desclassificar a operação de militar para ‘operação pacífica’ (…) fora do Mediterrâneo e com procedimentos que sejam inteiramente transparentes”.

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