Está aqui

Maré Branca pela Saúde junta-se ao 2 de Março

Diversos profissionais de saúde, nomeadamente os presidentes dos sindicatos dos enfermeiros e dos médicos, divulgaram texto e criaram evento no facebook Maré Branca pela Saúde em que afirmam “No dia 2 de Março saímos à rua” e convocam concentração para junto à Maternidade Alfredo da Costa em Lisboa às 14.30h.

O texto publicado no evento no facebook Maré Branca pela Saúde tem como título “O Serviço Nacional de Saúde não se vende, defende-se!” e nele afirma-se: “Juntamo-nos a milhares de outras vozes, de outros sectores, para dizermos que a austeridade está a destruir o SNS. O SNS é um dos melhores serviços públicos que Portugal construiu”.

O documento refere as conquistas do SNS para o nosso país, nomeadamente a evolução positiva dos principais indicadores de saúde “ melhorando drasticamente a esperança média de vida e as taxas de mortalidade infantil, peri-natal e materna”. Salienta também que “no início da última década, o SNS era classificado pela Organização Mundial de Saúde como o 12º melhor serviço de saúde do mundo” e que “na zona euro o SNS é dos que gasta menos em percentagem do PIB e com os melhores resultados”.

No texto é afirmado que “a austeridade está a matar o SNS”, referindo que “o aumento das taxas moderadoras diminuiu a acessibilidade”, que “nos hospitais faltam medicamentos”, que “a mortalidade infantil aumentou nos últimos meses e a mortalidade materna também”.

Salientando que estão a fechar serviços de proximidade e instituições de qualidade “sem outra justificação que não seja a de poupar na saúde para gastar nos juros da dívida”, o texto denuncia que piora a vida dos profissionais de saúde “com cortes nos ordenados, aumentos de impostos e desemprego” e frisa que o subfinanciamento está a estrangular o SNS e “a pôr em causa a saúde da nossa população”.

Defendendo “um SNS universal, geral e tendencialmente gratuito” e “um SNS que aposte na prevenção e na promoção da saúde e que seja devidamente financiado”, o documento apela à concentração no dia 2 de Março na Maternidade Alfredo da Costa às 14h30m, “um exemplo de qualidade e eficiência no SNS, porque a forma obscura e pouco transparente como a querem encerrar é um símbolo do que querem fazer ao SNS: fechar portas, atirando Portugal para o atraso social em que vivíamos antes de 1974”.

O texto é subscrito por José Carlos Martins, presidente do Sindicato dos Enfermeiros Portugueses (SEP), Mário Jorge Neves, Presidente do Sindicato dos Médicos da Zona Sul, Augusta Sousa, ex-bastonária da Ordem dos Enfermeiros, Jorge Espírito Santo, ex-presidente do colégio de Oncologia da Ordem dos Médicos, Guadalupe Simões, enfermeira e da direção nacional do SEP, Cipriano Justo, Médico de Saúde Pública, Paulo Fidalgo, Médico Gastroenterologista, Ana Campos, diretora de serviço da MAC, Tiago Correia, investigador do ISCTE, Nidia Zózimo, médica, Alves de Brito, ex-presidente da Mesa de Assembleia Geral da Ordem dos Enfermeiros, Jorge Seabra, médico e ex-diretor de serviço do Pediátrico de Coimbra, António Rodrigues, médico, Anita Vilar, médica, Isaura Borges Coelho, enfermeira e Antónia Camelo Matias, técnica de anatomia patológica da MAC.

Artigos relacionados: 

(...)