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Loulé: Candidatura do Bloco quer combater clientelismo e dar prioridade as pessoas

A lista à Câmara Municipal é encabeçada pelo professor Joaquim Sarmento Guerreiro e o atual deputado municipal Carlos Martins é o primeiro candidato à Assembleia Municipal.
Joaquim Sarmento Guerreiro, candidato à Câmara de Loulé e Carlos Martins candidato à Assembleia Municipal. Foto Bloco de Esquerda Loulé.

Na abertura da sessão, que contou com a presença da coordenadora nacional do Bloco de Esquerda, Joaquim Sarmento Guerreiro lembrou que desde o 25 de Abril a autarquia tem sido gerida na alternância entre o PSD e o PS e que isso tem trazido custos para a cidade. Tendo os louletanos ainda na memória o desaire do anterior ciclo protagonizado pela direita, em que conseguiu levar a autarquia ao “descalabro financeiro e paralisia quase completa dos serviços municipais e o brutal aumento do IMI, precisamente no ano em que a autarquia atingiu o valor máximo de receitas (110 milhões de euros) e contraiu uma dívida astronómica", referiu o candidato. 

A candidatura do Bloco em Loulé terá como centro de acção as pessoas “que com as suas artes, saberes e cultura são o património mais valioso do nosso concelho”, salientou o candidato.

Para Joaquim Guerreiro, a candidatura do Bloco de Esquerda pretende estabelecer “um diálogo com os cidadãos onde as pessoas contem verdadeiramente, incentivando a participação de todos, incluindo as crianças e jovens”.

Para o candidato à autarquia de Loulé, é essencial repensar o papel do Orçamento Participativo por forma a reformular os mecanismos de votação dos cidadãos, valorizando a sua participação. A criação de um Provedor do Munícipe irá funcionar “como facilitador de pontes com os cidadãos e mediador entre as autarquias, os munícipes e as suas organizações”.

O Bloco/Loulé defende que é essencial a “revitalização e recuperação de casas abandonadas, a valorização dos produtos da terra e o incentivo a novas formas de rentabilizar as atividades económicas do interior”. Acrescentou ainda que é essencial combater o isolamento das populações e assegurar o apoio social e transporte para as sedes de freguesia para dar coesão a um território que “é muito extenso e diverso”.

Em relação à mobilidade, o candidato salientou a importância da “luta pela abolição das portagens na Via do Infante, pois enquanto não houver condições políticas favoráveis deve ser reivindicado a isenção de portagens para os residentes na região”.

Joaquim Sarmento Guerreiro quer dar prioridade às famílias carenciadas e às minorias, reforçando as redes sociais de apoio e apostando na habitação social. O candidato alertou que é preciso criar incentivos aos comércio local ameaçado com a abertura de um novo mega centro comercial no concelho.

Por fim, o candidato falou de um projeto político bloquista que vai bater-se “por concursos públicos transparentes, combatendo o clientelismo político e a nomeação por cor partidária para as chefias dos serviços ou para a gestão das empresas municipais, contrariando o que tem acontecido nas gestões social democratas e socialistas”. Para Joaquim Guerreiro, há que “realizar uma avaliação independente sobre a racionalidade e eficiência das empresas municipais, promover estudo sobre a missão de cada uma delas e os impactos de eventual fusão ou extinção”.

Voz firme contra os negócios nebulosos e favorecimentos

O primeiro candidato à Assembleia Municipal, Carlos Martins, foi deputado neste órgão autárquico e acompanhou a degradação da cidade de Loulé, nos anos de governação PSD e do atual executivo do PS.

O candidato à Assembleia Municipal quer reforçar a presença política do Bloco de Esquerda através do esclarecimento das populações, de forma a combater a apatia participativa dos cidadãos. A abstenção nas últimas autárquicas ultrapassou os 53%.

Agradeceu ainda aos independentes que se juntaram ao projeto político do Bloco de Esquerda, que são mais de 80% dos candidatos.

No seu discurso, Carlos Martins denunciou também o clientelismo político dos últimos anos com a ocupação dos lugares de chefia das empresas municipais. E realçou que os últimos anos da gestão PS foram uma oportunidade perdida apesar de um período “de acréscimo de receitas”. Para o candidato, a presença do Bloco na Assembleia Municipal de Loulé será a “voz fiirma na denúncia de negócios nebulosos e favorecimentos”.

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