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Irlanda só aceita novo tratado se houver reestruturação da dívida

O Ministro das Finanças irlandês disse à imprensa que a Irlanda só fará um referendo sobre o Tratado Europeu se em troca conseguir uma reestruturação da dívida. "Nós vamos pagar as nossas dívidas, mas queremos um longo período de tempo para fazê-lo e para desencalhar a economia", explicou Brian Hayes.
"Nós vamos pagar as nossas dívidas - essa é uma mensagem muito importante, mas queremos um longo período de tempo para fazê-lo, para desencalhar a economia e para obter crescimento de dois a três por cento", explicou Brian Hayes.

Segundo noticia o Irishtimes, o Ministro de Estado e das Finanças irlandês, Brian Hayes, afirmou que a Irlanda precisa de uma redução significativa da sua dívida para poder seguir em frente com um referendo sobre a adesão às novas regras orçamentais europeias. "A ideia de que poderíamos ter um referendo sem esse acordo, sem um substancial re-arranjo da nossa dívida, não tem sentido", disse Hayes em entrevista ao Sunday Business Post.

"Nós temos de ter isso em mente antes de colocar a questão (ao povo), algo que começa a ser entendido, ao nível da UE, o que nos coloca numa posição mais forte", disse.

"Nós vamos pagar as nossas dívidas - essa é uma mensagem muito importante, mas queremos um longo período de tempo para fazê-lo, para desencalhar a economia e para obter crescimento de dois a três por cento", explicou Brian Hayes.

O governo irlandês já tinha dito que esperaria por um texto final sobre as medidas fiscais que saíram da última Cimeira Europeia, a sair provavelmente no início do próximo ano, antes de decidir sobre a necessidade de um referendo para ratificar o acordo.

Contudo, a União Europeia disse na sexta-feira passada que apenas nove países da Zona Euro chegarão para ratificar o acordo que comprometerá todos os membros a reforçar as regras fiscais e com alterações nas Constituições dos Estados, o que significa que não será preciso esperar pela ratificação irlandesa.

Mas o "não" irlandês criará problemas tanto para Dublin, como para Bruxelas, cimentando-se a ideia de uma Europa a duas velocidades e levantando-se questões sobre o compromisso da Irlanda com a união monetária.

Mesmo diante da possibilidade de um referendo, membros do governo irlandês têm tentando persuadir os credores do BCE, da UE e do FMI para reduzir o peso da dívida do país através da redução do custo do resgate dos bancos.

Segundo a imprensa irlandesa, a Irlanda gostaria de poder usar as mudanças acordadas para o fundo de resgate da zona do euro em julho, para refinanciar o gastos que teve com o salvamento dos bancos no auge da sua crise financeira. São 17 mil milhões de euros que estão causa e que beneficiaram o Anglo Irish Bank e a Irish Nationwide Building Society.
 

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