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Hungria quer usar exército para barrar refugiados
O governo húngaro anunciou esta quarta-feira a intenção de enviar tropas para a fronteira com a Sérvia para travar o afluxo de migrantes, horas depois de anunciar um reforço de mais de 2.000 polícias na zona fronteiriça.
O plano será votado em sessão extraordinária do parlamento na próxima semana. A crise migratória já tinha levado o governo conservador da Hungria a construir em julho uma vedação metálica na fronteira. Mas esta quarta-feira a polícia usou gás lacrimogéneo sobre os migrantes junto do principal centro de registo, em Roszke, que protestavam contra a recolha das suas impressões digitais.
Um quinto de crianças
Dados oficiais indicam que só na terça-feira um número recorde de 2.533 pessoas, 555 das quais crianças, atravessou a fronteira serbo-húngara. Desde o início do ano, segundo números oficiais, mais de 120.000 migrantes entraram na Hungria, membro da União Europeia e do espaço de livre circulação Schengen, a maior parte dos quais seguiu viagem para outros países da União Europeia.
A maioria dos refugiados vem da Síria, via Turquia, entra na Grécia, que atravessa, seguindo-se a Macedónia, a Sérvia, a Hungria, a partir de onde o destino principal é a Alemanha, onde Angela Merkel afirmou que não mandaria embora nenhum sírio.
Comentários
O trilema
Se a Europa recusa a entrada a refugiados ou emigrantes de regimes ditatoriais ou equiparados, é fortaleza não solidaria, ignora os direitos humanos, é xenófoba e por aí fora.
Se intervém a favor das liberdades, é imperialista e é lembrada do seu passado colonial e logo responsabilizada por todas as consequências directas, indirectas e colaterais..
Se a Europa se deixar invadir por povos e culturas que lhe são alheias, deixa de ser o que é e torna-se o terreno ideal de experimentalismos que sempre vêem no caos o caldo redentor do qual haverão de resultar não sei que amanhãs cantantes!
Parem de lhes chamar migrantes
Chamar migrantes a pessoas que fogem de uma guerra é minimizar a sua situação desesperada.
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