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Hoje, cordão humano contra a privatização dos transportes do Porto

Iniciativa será às 18 horas na estação da Trindade e está a ser convocada pelo grupo Contra a Privatização dos Transportes do Porto, contando com o apoio de associações, sindicatos e o Grupo de Utentes dos Transportes Públicos do Porto. Também esta terça-feira, o Bloco de Esquerda entrega uma ação popular pedindo a anulação do processo.
Convocatória do Cordão Humano

Um cordão humano vai ocorrer esta terça-feira no Porto, na Trindade, às 18 horas, para exigir a anulação de todo o processo de privatização da STCP e da Metro do Porto, por ajuste direto, que o governo pretende fazer em tempo recorde, depois do fracasso do processo de privatização.

A iniciativa do cordão nasceu nas redes sociais e está a ser convocada pelo grupo Contra a Privatização dos Transportes do Porto, com o apoio de associações e sindicatos e do Grupo de Utentes dos Transportes Públicos do Porto.

Os promotores defendem a gestão pública da rede de transportes na cidade e lembram como as empresas que o governo quer privatizar em contrarrelógio “foram vitais para a união, coesão e desenvolvimento da área metropolitana do Porto”.

O investimento público no Metro do Porto “só foi ultrapassado pelo sucesso que alcançou a vários níveis, sendo um dos fatores mais importantes na consolidação do Porto enquanto cidade inclusiva e incontornável destino na Europa”, diz a apresentação da iniciativa no Facebook.

Para o deputado José Soeiro, do Bloco de Esquerda, a mobilização e a ação popular podem ser decisivas. “Não seria a primeira vez que as intenções deste governo sairiam derrotadas. E isso sim, seria uma excelente forma de o povo do Porto lhes encerrar o mandato”, diz, num artigo de opinião publicado no Esquerda.net.

Ação Popular

Ao Público, Soeiro esclareceu que a ação popular terá cerca de dez proponentes, incluindo trabalhadores do metro e da STCP, e autarcas do Bloco.

“Há uma ação urgente para anulação do ajuste direto e uma providência cautelar que pretende suspender o processo enquanto não é tomada uma decisão pela Justiça”, explica. Os documentos defendem que o processo em curso “põe em causa o carácter de serviço público e a própria titularidade pública das duas empresas, além de não cumprir, do ponto de vista processual, requisitos mínimos de transparência”, explica o deputado, esclarecendo que a ação será defendida pelo advogado bloquista e deputado municipal José de Castro.

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