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Guiné Equatorial: 147 opositores arriscam pena de morte
“O procurador pediu a pena capital para todos os opositores”, afirmou o seu advogado de defesa, Fabian Nsue, à France Presse. O processo envolve centena e meia de militantes e dirigentes do partido Cidadãos pela Inovação (CI), presos em várias ocasiões após as legislativas de novembro de 2017. O partido de Obiang elegeu 99 dos 100 lugares do parlamento.
São acusados dos crimes de sedição, atentado contra a autoridade, desordem pública, entre outros. O partido afirmou em comunicado que trinta dos acusados não puderam deslocar-se ao tribunal por causa das torturas sofridas na prisão. E promete recorrer aos tribunais internacionais para denunciar “crimes contra a humanidade”. Um dos presos políticos morreu na prisão em janeiro e a União Europeia exigiu um inquérito sobre as circunstâncias da morte, criticando também as “continuadas restrições às liberdades”.
O regime de Teodoro Obiang diz ter desmantelado uma tentativa de golpe de estado no início do ano. Segundo o ministro da Segurança afirmou na altura, os militares repeliram ataques de um grupo de mercenários vindos do Chade, Sudão e República Centroafricana que estariam a soldo dos partidos da oposição. Na altura, o líder do CI afirmou que as acusações não passavam de uma “montagem” destinada a justificar a prisão de dezenas de militantes nas principais cidades do país.
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