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Greve na ferrovia: todos os comboios de longo curso e regionais foram suprimidos

Segundo a CP, no total do país funcionaram apenas cerca de um terço dos comboios, entre as zero e as oito horas. Dirigente sindical diz que greve tem forte adesão.
Todos os comboios de longo curso e regionais foram suprimidos - Foto de Paulete Matos
Todos os comboios de longo curso e regionais foram suprimidos - Foto de Paulete Matos

Os trabalhadores da Infraestruturas de Portugal (IP), da CP e da EMEF fazem nesta sexta-feira greve de 24 horas, exigindo a aplicação dos acordos assinados com o Governo e administrações das empresas.

A porta-voz da CP, Ana Portela, disse à Lusa que, entre as zero e as oito horas na região de Lisboa estavam previstos 119 comboios, mas realizaram-se apenas 58.

“No Porto, estavam previstos 50 e realizaram-se 21 até às 8h. Nos totais gerais do país, estavam previstos 257 e foram feitos apenas 89, ou seja, os urbanos de Lisboa e Porto”, acrescentou.

Também à Lusa, José Manuel Oliveira da Federação dos Sindicatos dos Transportes e Comunicações (FECTRANS) disse que a greve “está a ter uma forte adesão”, havendo muitos comboios suprimidos, acrescentando que “ainda é cedo para ter dados concretos uma vez que ainda há trabalhadores a entrar ao serviço, mas acreditamos que será uma grande adesão”.

O dirigente sindical, que estava na estação de Santa Apolónia em Lisboa, salientou ainda que para além da supressão dos comboios de longo curso e regionais, “as bilheteiras estão encerradas e nos placards informativos a palavra normal é ‘suprimido’. Os serviços comerciais da CP estão encerrados. A indicação que temos é de que este vai ser o cenário o resto do dia”.

Para esta greve, o tribunal arbitral nomeado pelo Conselho Económico e Social (CES) decidiu que não há serviços mínimos, para além dos estipulados pela lei, ou seja circulam até ao seu destino os comboios em marcha à hora do início da greve, os comboios socorro e os de transporte de mercadorias perigosas.

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